O cenário desafiador do tráfico de animais silvestres no Brasil. Nota por competência

O filme de animação estadunidense “Rio”, produzido em 2011 pela Fox Filmes e com direção do brasileiro Carlos Saldanha retrata o tráfico de animais silvestres. Na obra, uma arara-azul é perseguida e capturada por traficantes. Fora das telas, a realidade apresentada não é diferente, visto que o Brasil possui índices elevados de tráfico de animais silvestres. Isso ocorre pela frágil fiscalização do Governo, deixando assim um déficit ecológico para a natureza.

O Brasil é um país vasto em extensão territorial. Nesse viés, contribui para o tráfico. Segundo dados da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados das florestas brasileiras, gerando cerca de 3 bilhões de reais. Evidenciando o supracitado, o Brasil não investe o suficiente para a preservação da sua fauna, pelo contrário, reduz as verbas, como em 2020, onde o IBAMA sofreu cortes de 4%, dessa forma, deixando um déficit na preservação.

A retirada de animais silvestres proporciona o descontrole ecológico. Muitas espécies, a exemplo do mico-leão-dourado, estão em extinção, e, primeiramente, isso se deve ao tráfico de animais silvestres. Nesse sentido, parafraseando com o físico Isaac Newton, a respeito da sua terceira lei, onde diz que que toda ação resulta em uma reação. Ou seja, o tráfico leva a extinção de espécies, pois sem os animais no seu habitat, o ciclo de reprodução entra em interrupção.

Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para reverter esse cenário. Posto isso, cabe ao Ministério do Meio Ambiente promover penas maiores para os traficantes por meio de leis aprovadas pela Câmara de Deputados. Por outro lado, investir em investigações nacionais e internacionais por meio do IBAMA e órgãos de proteção aos animais. Sendo assim, o Brasil poderá combater o tráfico de animais silvestres.