O Brasil no mapa da fome: a persistência de um dilema histórico

Em concordância com a Constituição federal de 1988, todos têm direito a uma vida digna. Entretanto, a realidade da fome que assola o Brasil atual é contrária à lei da Constituição da República Federativa. A persistência da miséria no país está associada a diversos fatores, como por exemplo, a desigualdade social e a situação econômica que se vive no Estado.

É válido frisar que a desigualdade social que devasto a nação teve um aumento significativo durante a pandemia do coronavírus. De acordo com o relatório de riqueza global do banco Credit Suisse, entre 2019 e 2020 o indicador subiu de 88,2 para 89. Sobre esta análise, é válido associar a mesma com a fome, pois quanto mais cresce a desigualdade social mais pobre a população fica, causando assim, a má qualidade de alimentação e a fome.

Somando a isso prevalece a crise econômica que o país enfrenta. A alta de preços e alimentos básicos são um dos maiores problemas enfrentados pelo povo, dificultando a obtenção das comidas básicas, como o feijão, arroz e carne. De acordo com o Segundo Inquérito Nacional, são mais de 14 milhões de brasileiros em situação de fome em pouco mais de um ano. Esse fator, consequentemente levou o Brasil de volta ao mapa da fome da ONU.

Sob esse viés, conclui-se que a fome é um dos maiores problemas que o Brasil enfrenta no momento. Para minimiza-la  é vital que o governo retome o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que consiste em que a governança compre alimentos produzidos pela agricultura familiar e encaminhe a pessoas que não têm acesso alimentação adequada de forma gratuita. Agregado a isso, é necessário que o governo promova a valorização do salário mínimo, repondo o seu poder aquisitivo enfraquecido pela inflação.