O aumento do sedentarismo no contexto da pandemia da covid-19

O filosofo brasileiro Raimundo Teixeira Mendes, em 1889, aplicou o lema positivista “Ordem e Progresso” não só para Bandeira Nacional Brasileira, mas também para a nação que no contexto atual, enfrenta significativos entraves para seu desenvolvimento. Infelizmente, entre eles, o grande aumento da taxa de sedentarismo por consequência da covid-19, representando uma ação contraria ao símbolo da pátria, uma vez que tal postura causa desordem e retrocesso social. Esse lastimável panorama é causado pela inoperância estatal e tem como consequência o aumento de mortes devido à baixa qualidade da saúde.

De início, há de se constatar a débil ação do Poder Público, enquanto mantedora do problema. Acerca disso, o filosofo inglês Thomas Hobbes, em seu livro “Leviatã”, defende a incumbência do Estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso social. As autoridades, contudo, vão de encontro com essas ideias, uma vez que possuem papel inerte em relação à crescente taxa de sedentarismo. Esse cenário decorre do fato de que, assim como pontuou o economista norte-americano Murray Rothbard, uma parcela dos representantes governamentais, ao se orientar por um viés individualista com objetivo do retorno imediato do capital político, negligencia direitos sociais, como a qualidade de vida. Logo, é notório que a omissão do Estado estimula a permanência do sedentarismo no Brasil.

Por conseguinte, engendra-se a baixa qualidade de saúde, qual proporciona um maior aumento de mortes devido o sedentarismo. Posto isso, de acordo com dados de pesquisa da Fiocruz, UFMG e Unicamp, o percentual de pessoas que praticavam atividades físicas durante a pandemia caiu 42%. Diante de tal exposto, é notório que tal crise causou um grande distúrbio na vida de muitas pessoas, tanto diretamente — por meio da infecção do vírus —, quanto indiretamente — pelo estímulo ao sedentarismo —. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Depreende-se, portanto, sendo mister a atuação governamental no aumento do sedentarismo na pandemia. Assim, afim de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, cabe ao Poder Executivo Federal, mais especificadamente ao Ministério da Saúde, o estímulo de atividades físicas em casa. Tal ação deverá ocorrer por meio da promoção de campanhas e comerciais de televisão ou internet. Somente assim, com a conjuntura de tais ações, os brasileiros podem ver o progresso referido na Bandeira Nacional Brasileira como uma realidade.