O aumento da depressão entre os jovens brasileiros

A geração byroniana do movimento romântico, inspirada pelo escritor Lord Byron, foi marcada pelo pessimismo, escapismo e pelo anseio da morte. No entanto, na contemporaneidade, notam-se tais emoções com o aumento da depressão entre os jovens brasileiros, tornando-a o novo “mal do século”. Com isso, o contato com eventos estressantes, e o desdenho da população frente a tal problemática corroboram para o crescimento desse fenômeno.

Em primeiro plano, vale destacar que, a adolescência é a fase imbuída por períodos de grandes mudanças, isso, muitas vezes, causa gatilhos psicológicos. Para alguns jovens, o fim de um relacionamento ou até mesmo a perda do emprego podem ser suficientes para o desencadeamento da depressão, visto que, ao se depararem com problemas persistentes se sentem sem saída e se isolam em sua “bolha”. Essa ideia vai ao encontro do pensamento do escritor Andrew Salomão, de que a essa patologia não é o oposto da felicidade, mas da vitalidade.

Ademais, os sintomas acarretados pela doença são taxados pelo senso comum como algo que não está relacionado à saúde. Quando se há uma mostra, a população, muitas vezes, se prende à ideia de que tudo isso é apenas fase da adolescência. Esse equívoco também é acompanhado pelo dogma religioso de que traços depressivos são advindos da falta de Deus. O adolescente ao estar inserido em uma população que carece de empatia e de senso crítico tem seu estado agravado, situação que pode levar até o suicídio.

Portanto, fica evidente a necessidade de medidas para coibir a falta de apoio psicológico dos mais novos, bem como a falta de instrução social. Para isso, o Ministério da Educação, como instância máxima dos aspectos educacionais brasileiro, deve ampliar o número de psicólogos nas escolas e fornecer materiais para debates acerca da depressão. Por meio de palestras abertas ao público e apoio emocional com um profissional, todos serão instruídos a respeito da doença. Dessa forma, o “mal do século” será exclusivamente do romantismo.