O acesso ao lazer no Brasil

A obra “O direito social ao lazer no Brasil” organizada pelos professores da universidade federal de Minas Gerais (UFMG) Dra. Cristianne Luce Gomes e Dr. Hélder Ferreira Isayana, faz menção aos 25 anos da inclusão do lazer na Constituição Federal de 1988. Nesse viés, verifica-se a não disponibilidade de mecanismo que cumpra essa prerrogativa . Ademais, o lazer é considerado como uma necessidade básica na vida dos trabalhadores urbanos e rurais. Tal fato deixa evidenciado que é necessário a melhor discussão sore esse artigo.
Em uma primeira analise, o lazer é essencial para a manutenção da saúde, integridade física e mental do trabalhador. Não hà, portanto, como negar o direito ao lazer é um dos componentes essenciais à vida de qualquer ser humano. Vale ressaltar que o lazer pode definir-se como o tempo recreativo que um indíviduo pode organizar e usar da forma que bem lhe apetecer.
Ademais, que somado à desigualdade social, o baixo investimento na área da cultura reflete o descaso do Governo. Cidades pequenas e longes de grandes metrópoles não oferecem centros culturais, de acordo com dados da UNESCO, 90% dos municípios brasileiros estão em “abandono cultural”, sem salas de cinema, teatros, museus, parques e afins, ou apresentam algum espaço mas com estruturas precárias ou sem funcionamento, o que contribuiu ao desinterese da população a frequentar esses locais.
Dessa forma, fica evidente o tamanho das barreiras que impediam o acesso ao lazer no Brasil. É necessário então, que o Ministério da cultura promova cursos gratuitos de artes, música, dança e teatro, visando atingir a maioria dos municipios. Assim como seria interessante criar-se leis, que estabeleção um preço máximo para livros e entradas de cinemas ou museus. Não obstante, é papel do Governo investir nos espaços culturais, e também nos cursos, projetos e grupos existentes, como de teatro por exemplo, que muitas vezes carecem de materiais para continuar promovendo a cultura.