Todos os brasileiros já devem ter percebido, salvo os recém nascidos talvez, que o país vive um delicado momento. Dentre várias assuntos pertinentes ao cenário de pandemia de Covid-19, se tem a questão do adiamento ou não do ENEM, o Exame Nacional do Ensino Médio. O exame deve, sim, continuar, uma vez que, se por um lado a falta de preparo no ano do exame constitui problema para os estudantes sem acesso aos meios de conhecimento, por outro, o cancelamento do exame não iria solucionar o real problema que prejudica os candidatos de conseguirem uma boa nota, que vai além de se estudar apenas para fazê-lo.
No que tange aos estudos direcionados para o ENEM, é visto que muitas das pessoas que vão fazê-lo se preparam no ano anterior à sua realização, através de meios de conhecimento. Logo, se à alguém faltar esse meio, é certo que o mesmo será prejudicado, dando vantajem para seus concorrentes. No caso, trata-se do acesso à bibliotecas e escolas, por exemplo, por parte da população mais pobre, que não têm meios de estudar em casa, diferentemente da classe média por exemplo: o percentual de acesso à informação online é de cerca de 99% nessa, contra 30% naquela.
Já no que se refere ao impedimento de se tirar boas notas, por parte dos concursandos, é necessário levar em conta que o processo seletivo requer todo o conhecimento que já deveria ter sido aprendido pelos estudantes na educação básica. Atualmente, portanto, percebe-se, pela quantidade de cursinhos e de estudos na véspera da avaliação, que a educação brasileira é falha. Isso devido principalmente à cultura de só se estudar para a prova e só em sua véspera, ao invés de se estudar habitualmente e com o intuito de aprender. O fato de a nota média do ENEM não passar de 60% é uma mostra de que geralmente os jovens apenas decoram informações à curto prazo. Estudos mostram que 20% dos jovens que concluem uma faculdade hoje sabem tanto quanto alguém que concluiu um curso técnico há 20 anos atrás, onde o saber era mais cobrado.
É, com isso, esclarecido que o exame deve ser continuado, uma vez que o real problema vai muito além de poucos meses de estudo, estando relacionado com a cultura brasileira e o falho sistema de ensino, ambos desviados do propósito principal do aprendizado. Ao não cancelar o exame apenas uma parte dos candidatos seria em tese prejudicada, fazendo com o que preenchimento de vagas continue pelos que “decoram bem”. O Ministério da Educação, portanto, deve realizar campanhas a fim de conscientizar os pais sobre a importância de se exigir dos filhos um rotina de estudos, bem como de reformular a estrutura educacional a fim de que seja exigido do aluno o real conhecimento, e não uma simples memorização efêmera. Teria-se isso seja pela aplicação de provas orais ou de testes um ou dois dias após o término do período de aulas da matéria-tema, o que forçaria o aluno a manter uma rotina de estudos. Pode-se, então, dizer, que tal decisão implicará perdas, mas que que não chegam aos pés do grande problema que engloba a própria educação brasileira e que deve ser urgentemente solucionado.
brunabiankacpc
Olá Augusto! Adorei o título da sua redação kkkk!
* Utilize antes de iniciar o texto, um projeto,para que vc possa organizar as suas idéias e deixar o texto mais claro.
* Tome cuidado com os períodos muito curtos presentes no seu d.2, o ponto pode ser substituído pela vírgula em alguns casos.
* Busque diversificar o seu repertório coesivo,pois é sempre necessária a presença dos elementos coesivos na transição dos parágrafos entre os períodos.
* Busque sempre colocar a fonte dos dados que citou,assim como colocar dados que sejam pertinentes a seu texto
* Deixe mais claro os 5 elementos interventivos na sua proposta,seguindo uma única linha de raciocínio.
Achei sua argumentação excelente! Precisando de ajuda, estou à disposição!