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Moradia: Um direito de todos

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Segundo Zygmunt Bauman, eminente sociólogo polonês, a falta  de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “Modernidade Líquida” – experienciada no século XX. O direito à moradia é reconhecido como direito humano na Declaração Universal dos direitos Humanos, entretanto – em realidade – as grandes cidades brasileiras enfrentam graves problemas habitacionais. Isso se deve, sobretudo, ao déficit de moradias e a desigualdade social sobrepujante no país.

O problema da habitação, no Brasil, é um processo histórico; oriundo de mudanças no modelo socioeconômico do país. A industrialização das cidades promoveu o aumento do êxodo rural e, consequentemente, a demanda por moradias  a fim de comportar essa massa trabalhadora. Nesse âmbito surgiu os cortiços, tão bem caracterizados no clássico de Aluísio de Azevedo, como moradias insalubres, dilapidadas, onde doenças proliferam, onde habitava a escória da sociedade e onde proprietários exploravam os trabalhadores com aluguéis abusivos. Hodiernamente esse problema, ainda, não foi resolvido. Há um déficit de moradias no país, logo a necessidade de investimentos no setor habitacional para atender a demanda.

Destaca-se um fenômeno peculiar ao caso brasileiro: o processo de favelização. A reforma higienista desencadeada pelo prefeito Passos na cidade do Rio de Janeiro, fez com que a população de baixa renda deixasse as áreas mais valorizadas da cidade e ocupassem os morros, até então pouco habitados, dando origem a uma nova forma de habitação popular – a favela. Dados recentes do IBGE mostram que a cidade do Rio de Janeiro concentra cerca de 22,03% de sua população vivendo em favelas que, em sua maioria, apresentam escassez de serviços públicos essenciais e convivem – diariamente – com a prostituição, violência e o tráfico.

Destarte, depreende-se que as grandes cidades brasileiras sofrem graves problemas habitacionais e faz-se necessário medidas mitigadoras a fim de solucionar essa questão. Sendo assim, cabe ao Poder Público estabelecer políticas públicas de habitação continuada para baixa renda com a construção, a médio e longo prazo, de moradias sustentáveis e acessíveis à população. O fortalecimento de crédito imobiliário junto às instituições financeiras e políticas de desburocratização das operações de concessão de crédito imobiliário e, por conseguinte, a redução de custos e impostos sobre as operações. E, precipuamente, reduzir a desigualdade social através de parcerias público-privado de geração de emprego, combate ao racismo e qualificação profissional; garantindo, assim, melhores condições de vida à população brasileira.

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5 Correções

  1. Segundo Zygmunt Bauman, eminente sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “Modernidade Líquida” – experienciada no século XX. O direito à moradia é reconhecido como direito humano na Declaração Universal dos direitos Humanos, entretanto – em realidade – as grandes cidades brasileiras enfrentam graves problemas habitacionais. Isso se deve, sobretudo, ao déficit de moradias e a(1) desigualdade social sobrepujante no país.
    1 – à
    O problema da habitação, no Brasil, é um processo histórico; oriundo de mudanças no modelo socioeconômico do país. A industrialização das cidades promoveu o aumento do êxodo rural e, consequentemente, a demanda por moradias(2) a fim de comportar essa massa trabalhadora. Nesse âmbito(2) surgiu(3) os cortiços, tão bem caracterizados(2) no clássico de Aluísio de Azevedo, como moradias insalubres, dilapidadas, onde doenças (4)proliferam, onde(5) habitava a escória da sociedade e onde proprietários exploravam os trabalhadores com aluguéis abusivos. Hodiernamente(2) esse problema, ainda, não foi resolvido. Há um déficit de moradias no país, logo a necessidade de investimentos no setor habitacional para atender a demanda.
    2 – vírgula
    3 – surgiram
    4 – se proliferam
    5 – evitar repetição de palavras
    Destaca-se um fenômeno peculiar ao caso brasileiro: o processo de favelização. A reforma higienista desencadeada pelo prefeito Passos(2) na cidade do Rio de Janeiro, fez com que a população de baixa renda deixasse as áreas mais valorizadas da cidade e ocupassem os morros, até então pouco habitados, dando origem a uma nova forma de habitação popular – a favela. Dados recentes do IBGE mostram que a cidade do Rio de Janeiro concentra cerca de 22,03% de sua população vivendo em favelas que, em sua maioria, apresentam escassez de serviços públicos essenciais e convivem – diariamente – com a prostituição, violência e o tráfico.(6)
    2 – vírgula
    6 – Procura argumentar mais, expor o seu ponto de vista, a redação não é somente para apurar fatos, mas para demonstrar uma opinião, e no ENEM, especialmente, para descobrir as raízes de um problema em prol de sua solução.
    Destarte, depreende-se que as grandes cidades brasileiras sofrem graves problemas habitacionais e faz-se necessário medidas mitigadoras a fim de solucionar essa questão. Sendo assim, cabe ao Poder Público estabelecer políticas públicas de habitação continuada para baixa renda com a construção, a médio e longo prazo, de moradias sustentáveis e acessíveis à população. O fortalecimento de crédito imobiliário junto às instituições financeiras e políticas de desburocratização das operações de concessão de crédito imobiliário e, por conseguinte, a redução de custos e impostos sobre as operações. E, precipuamente, reduzir a desigualdade social através de parcerias público-privado de geração de emprego, combate ao racismo e qualificação profissional; garantindo, assim, melhores condições de vida à população brasileira.

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  2. Olá, Jucassiano! aqui está a correção como me pediu. Qualquer coisa, sabe que pode chamar. Bons estudos! ❤️

    INTRO
    •não vi nenhum desvio
    •soube contextualizar muito bem a citação de Bauman à situação da problemática, além de ter trago uma tese com 2 argumentos

    D1
    •erro de concordância “surgiram os cortiços”
    •em uma redação trabalhe, sempre, com especificações: “clássico de Aluisio Azevedo”, sabemos que você se refere ao Cortiço, mas é sempre bom deixar bem claro, para sanar quaisquer dúvidas do corretor
    •repetição impertinente “onde”
    •ausência de vírgula após “Hodiernamente”
    •no último período houve uma falha na coesão/coerência, pois “a necessidade” o “a” vc colocou como artigo, o correto deveria ser “há”, o presente do verbo “haver”
    •evite a construção de periodos curtos, como “hodiernamente esse problema, ainda, não foi resolvido” você poderia juntar tudo no próximo período, ficaria ate mais coeso.
    •argumentação pertinente e muito bem problematizada, além de um otimo uso de repertório
    •estruturação correta

    D2
    •isole “na cidade do Rio de Janeiro” entre vírgulas, por se tratar de aposto
    •assim como o seu D1 boa argumentação, você sabe problematizar muito bem, é notória a sua facilidade em argumentar em cima de algum problema, trazendo citações informacionais e exemplos, mostrando seu ponto de vista e posicionamento, muito bem isso é uma das coisas mais difíceis (C3) na redação, e vc ja tem o domínio dessa competência.
    •falha na estruturação, pois faltou a opinião final, isto é, a tese de fechamento

    CONCLUSÃO
    •ação: estabelecer políticas públicas de habitação continuada para baixa renda
    •agente: Poder Público
    •meio: ?
    •finalidade:
    •detalhamento: construção, a médio e longo prazo, de moradias sustentáveis e acessíveis à população.

    •”através” significa “atravessar”, opte por “por meio/intermédio de”
    •o 3° período ficou falhou na coesão, o motivo foi a ausência de conectivos que, não so na conclusão, mas em todo o seu texto foi observado
    •não traga muitas ações, prefira trabalhar apenas com uma ou, no máximo, duas, mas de forma completa, ou seja, que atenda aos 5 critérios exigidos. Você pode trazer 50 propostas, mas, se nenhuma destas estiverem completas, vc perde na C5.
    •sempre faça uma retomada a partes do seu texto

    C1: 160 (poucos desvios gramaticais)
    C2: 200 (excelente uso de repertórios)
    C3: 200 (excelente argumentação e problematização)
    C4: 160 (falta de conectivos)
    C5: 160 (propostas incompletas e sem retomada)
    NOTA: 880 [representativa]

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  3. Não sou muito bom em correções, mas creio que seria melhor você utilizar mais conectivos em seus textos, para conectar os parágrafos, e em sua conclusão colocar de forma mais direta o que deve ser feito, e com os 5 elementos. Ao meu ver, na conclusão é recomendável ser mais direto, mas creio que sua nota está acima de 860, alguns pontos a menos pela falta dos conectivos e pela conclusão creio q perderia pontos na competência 5 e 4.

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  4. Falta desenvolver mais os dados, explicar de que forma seus argumentos estão relacionados ao tema.
    Na sua intervenção você falou muita coisa, mas não foi TÉCNICO, não apresentou os 5 elementos. A proposta de intervenção do Enem não é subjetiva, é TÉCNICA: qualitativa e quantitativa, isto é, estar relacionada aos seus pontos de vista e possuir os 5 elementos.
    Sempre análise redações de forma técnica, e não subjetiva, não é o que você acha, mas sim o que é, e para se alcançar isso se faz uso da TÉCNICA.

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  5. Olá estou aqui para comentar a sua redação.
    Tenho que admitir que está bem formada, um texto bem coerente. Eu gostei do fato de você apresentar os problemas e também algumas soluções. O ato de citar referências no texto, mostra que é uma pessoa bem informada e que sabe interligar os fatos, sua conclusão está bem elabora e eu acabei não achando nenhum erro gramatical.

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