Meio Ambiente brasileiro: um recurso em degradação

Temas: lixo e poluição ambiental

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, não são as crises que mudam o mundo, mas sim a reação a elas. Sob tal óptica, torna-se evidente que o Brasil diante do descarte irregular de lixo e poluição ambiental propende-se a respostas negativas, visto que vigora tratamentos de resíduos irresponsáveis, tendo como efeito consequências negativas nos mais diversificados nichos essenciais à existência, saudável, do ser humano. Logo, faz-se imperiosa a análise dessa conjuntura a fim de promover reações positivas defronte à problemática.

Em primeiro plano, é axiomático a contribuição da irresponsabilidade no descarte de lixo à perenização desse quadro deletério. Consoante às informações de Jean Paul Sartre, o homem é um ser livre e responsável por tudo o que faz. Destarte, fica claro que o atual contexto vai totalmente em “mão contrária” ao que é afirmado por Sartre, evidenciando que um país livre da degradação ambiental ainda não é, infelizmente, uma realidade brasileira.

Torna-se irrefutável, em segundo lugar, a íntima relação dos efeitos negativos que afetam diversas esferas importantes para a sociedade com a causa supracitada. De acordo com a Organização das Nações Unidas mais de 7 milhões de pessoas morrem, todos os anos, devido à poluição do ar. À luz dessa perspectiva, é inaceitável que um país que abriga a maior bacia hidrográfica do mundo colabore com esta estatística que assola o planeta todo, sendo mister a implementação de ações a fim de mitigar esse imbróglio.

Depreende-se, portanto, a premência de medidas com o fito de liquidar esse impasse. Para isso, cabe ao Ministério da Educação e Cultura, por intermédio da alteração na Base Nacional Comum Curricular, adicionar a disciplina de Educação Sustentável, a qual visará demonstrar aos alunos as práticas correlatas ao tratamento, correto, de seus próprios resíduos. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.