Mecanismos para o incentivo da doação de medula óssea no Brasil

A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro – assegura a todos a informação e o bem-estar social. Entretanto, ao observar o baixo número de doadores de medula óssea, verifica-se que esses direitos básicos são garantidos apenas na teoria, uma vez que a problemática está intrinsecamente ligada ao país. Nesse contexto, é fundamental analisar não só a falta de informação, mas também a falta de atualização no bando de dados nacional.
Em primeiro plano, evidencia-se que a falta de informação está entre as causas do baixo número de doadores de medula óssea. Nesse sentido, é notório que a grande parte da população brasileira está desinformada sobre o assunto, confundindo muitas vezes medula óssea com medula espinhal. Logo, é cristalino que a falta de investimento na criação de projetos, campanhas e mobilizações, faz com que a informação não se propague.
Outrossim, é importante salientar que a falta de atualização dos bancos de dados nacionais, atua como catalisador do baixo número de doações. Nesse viés, é indubitável que a falta de compromisso com o sistema responsável pela coleta de dados dos doadores, faz com que orgãos de saúde não tenha contato e localização deles. Em suma, fica claro que é necessário mudanças urgentes para aumentar o número de doadores de medula óssea.
Faz-se mister, portanto, que medidas estratégicas são necessárias para incentivar a doação de medula. Para tanto, na figura do Ministério da Saúde, o Governo Federal – instância máxima da administração executiva – deve destinar verbas para efetivar campanhas afim de informar a importância de doar medula óssea. Ademais, é de suma importância a criação do projeto nacional Doação Consciente, visando combater não só o problema de doação de medula óssea, mas também o problema de doação de órgãos, garantindo assim o cumprimento dos direitos constitucionais.