LUCRO X ACESSO À SAÚDE

O papel da indústria farmacêutica é muito relevante para a economia, a produção de remédios, a descoberta de novos medicamentos, para doenças já conhecidas ou recentes como a COVID-19. Todavia, ela muitas das vezes não se preocupa com o valor que seus produtos chegam aos consumidores já que visa muito o lucro.

Por outro lado, ela busca aperfeiçoar e criar novos produtos cada vez mais eficientes e modernos, porém, o custo-benefício desses podem ultrapassar a realidade financeira do consumidor final. Isso ocorre em virtude do setor industrial visar o lucro, mas isso não é um problema até que esse desejo desenfreado por capital prejudique determinada classe de pessoas carentes, que dependem dos medicamentos por ela fornecidos para sobreviver, por causa do aumento do preço; coloque em risco a saúde das pessoas e/ou dificulte e impossibilite o acesso à saúde.

Com relação a atuação dessa empresa, esta deve se limitar a buscar alternativas que possibilitem a entrega de medicamentos essenciais de forma rápida, eficaz, consciente e acessível para todos. Rápida com o intuito de evitar grandes prejuízos aos beneficiários; eficaz, no sentido de produzir o mínimo possível de efeitos colaterais nas pessoas; consciente de forma a não produzir apenas medicamentos que façam com que eles obtenham grandes lucros; acessível, para garantir que todos os usuários que necessitam daquele medicamento possam adquiri-lo.

Assim, a necessidade dos doentes não deve estar acima dos interesses dessa modalidade de pessoa jurídica, todavia deve ser respeitada e reconhecida como prioridade não apenas para a indústria, mas pela sociedade como um todo, visto que é direito de todos o acesso a saúde nos termos da Constituição Federal de 1988. Caso necessário, seria importante a intervenção estatal através da promulgação de leis com a finalidade de regular as medidas tomadas por essa indústria.