INTOLERÂNCIA E INTERNET: como diminuir o ódio nas redes sociais?

O filósofo Raimundo de Teixeira Mendes, em 1889, adaptou o lema “Ordem e Progresso” não só para a Bandeira Nacional, mas também para a nação que, atualmente, enfrenta inúmeros empecilhos para o seu desenvolvimento. Lamentavelmente, entre eles destaca-se a intolerância na internet, problema recorrente no Brasil. Essa realidade se deve, principalmente, à falta de empatia social e o uso inadequado dos meios de comunicação.

 

Sob esse viés, é notório que a ausência de se colocar no lugar do outro diante de situações desagradáveis traz como consequência um declínio no caminho para um convívio saudável entre os indivíduos. Assim, o personagem principal Ralph, do filme infanto-juvenil “Wi-fi Ralph” da empresa Walt Disney World, se vê cercado de comentários maldosos em relação aos vídeos que compartilha para o entretenimento próprio e do público, acarretando então, em sentimentos de incapacidade e o afastamento das redes sociais. De modo análogo à animação, muitas pessoas deixam de executar atividades prazerosas para o autocuidado devido a opiniões alheias que de nada acrescentam aos remetentes, tal prática precisa ser modificada urgentemente.

 

Ademais, o manuseio incorreto dos aplicativos midiáticos podem negligenciar as culturas de outras regiões. Essa prática é exemplificada na plataforma de fotos e vídeos “Instagram”, em que durante o período religioso da cultura islã – o Ramadã – o qual se caracteriza por ser um jejum de trinta dias em homenagem aos preceitos do Deus Maomé, os influenciadores digitais se aproveitaram dos símbolos disponibilizados pelos criadores da aplicação digital para obter mais visibilidade nos conteúdos publicados. Todavia, vários islâmicos e apreciadores foram contra às ações, uma vez que a prática de se sobressair em um assunto, usando-se meios simbólicos de modo não certo para fins lucrativos, é uma visão míope da temática. Dessa forma, se expõe atitudes egoístas por parte da sociedade e que infelizmente são corriqueiras.

 

Portanto, medidas são necessárias para combater a problemática. Para isso, é imprescindível que a população se mova, por meio de divulgações nas intercomunicações – como Twitter, Facebook e YouTube -, em prol da erradicação da intolerância e preconceito de modo geral. Paralelamente a isto, com o apoio do Ministério da Educação deve ser criado um projeto, através de políticas públicas destinadas à pasta da área educacional, para inclusão social e o aprendizado das situações viáveis para as crianças no ambiente virtual, com o fito da democratização do acesso aos costumes diferentes e o equilíbrio entre conjunto. Logo, os cidadãos se tornarão a nação da ordem e do progresso, como proferiu Raimundo de Teixeira Mendes.