Influência negativa da família na escolha profissional dos jovens brasileiros

No livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, do escritor Machado de Assis, o defunto-autor relata que não teria filhos para negá-los o legado da miséria humana. Tal realidade se evidencia, tendo em vista a influência negativa da família na escolha profissional dos jovens, um problema que necessita ser enfrentado no Brasil. Sob esse viés, cabe analisar as principais causas e consequências desse impasse.

A princípio, no período medieval a sociedade era estamental, logo, os filhos teriam a mesma função dos seus progenitores. Essa perspectiva persiste, visto que diversos adolescentes são pressionados para seguir a profissão dos pais ou uma carreira diferente daquela que eles almejam. Desse modo, é incabível que uma prerrogativa essencial – a liberdade, esteja constatada só na teoria e não, de fato, na prática.

Outrossim, a população juvenil, principalmente aqueles que estão terminando o Ensino Médio, são sobrecarregados com conteúdos escolares e pré-vestibulares. Isso juntamente com a pressão familiar, culmina no aumento do estresse, acarretando em problemas psíquicos, como ansiedade e depressão. Nessa ótima, é primordial que os genitores não coloquem seus desejos em detrimento dos sonhos desses cidadãos mais novos.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para mitigar tal problemática. Destarte, o Ministério de Educação deve, por meio das instituições de ensino, promover debates ministrados por psicólogos, tendo como participantes os estudantes e seus pais, de modo que não haja influência negativa dos progenitores nas escolhas dos jovens. Espera-se, com isso, que o único legado perpassado seja o gozo igualitário dos direitos constitucionais no meio social brasileiro.