Inclusão de indivíduos afetados por distúrbios de aprendizagem no ensino público brasileiro

Baseado na mitologia grega e suas histórias épicas, a saga “Percy Jackson e os Olimpianos” conta a história do semideus Percy e suas aventuras epopeicas entre o mundo humano e o dos deuses. Ele é apresentado como uma criança que sofre com distúrbios de aprendizagem, tais como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a dislexia, os quais dificultam muito sua vida escolar e social. O autor, Rick Riordan, sempre procura dar visibilidade a jovens como Percy — além de outras minorias excluídas das convenções sociais — em suas histórias. E, assim, dá popularidade a causas, como, no caso de crianças iguais ao semideus, a sua inclusão no campo educacional público.

Antes de tudo, é interessante observar que indivíduos afetados por distúrbios de aprendizagem não são necessariamente menos capacitados que os que não os têm — mas sim, que requerem caminhos alternativos para estimular a assimilação nas áreas do cérebro. O físico teórico Albert Einstein, por exemplo, conviveu com a dislexia durante toda a sua vida. E, apesar de ser uma das maiores mentes da história, quando jovem, abandonou a universidade na Alemanha ao não se adaptar ao modo pouco flexível de ensino da época. Assim sendo, fica claro que distúrbios relacionados às áreas de aprendizado são obstáculos enormes tanto às instituições de ensino, quanto aos afetados por elas.

Outro fato que incita a necessidade de uma mudança é que estudos sugerem que cerca de 70% da população mundial possui um distúrbio de aprendizagem em algum grau. Dessa forma, a inflexibilidade do sistema educacional para com esse gigantesco, mas despercebido, grupo pode acarretar resultados negativos para toda a sociedade. A título de exemplo, uma massa de alunos desestimulados nas escolas repercute menores incidências de graduados nas universidades e, por conseguinte, ao aumento do desemprego entre jovens-adultos.

É de extrema importância que suceda uma mudança na pasta do Ministério da Educação, em conjunto ao Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e a ONGs relacionadas, começando por instituir medidas públicas estritas que orientem profissionais da educação a identificar alunos afetados por um distúrbio e direcioná-los a consultar um perito. Entretanto, além de tal processo de diagnóstico, deve haver a introdução desses educadores a metodologias alternativas a serem empregadas em sala, trazendo, portanto, um aprendizado mais eficiente e completo para todos. Só assim será possível uma homogeneidade de aprendizado nas escolas, permitindo cada aluno a aprender da forma que melhor se adequa a ele.

 
Se possível, pode corrigir usando os critérios de Competências do ENEM? Obrigada ;)))