Estudante

Inclusão de autistas: desafio para o Brasil?

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No célebre livro de Machado de Assis ” As memórias póstumas de Brás Cubas “, o personagem principal é discriminado e chamado de “coxa”, pois apresenta uma deformidade física que o faz mancar, situação que revela certo preconceito com o diferente. No entanto, essa dificuldade de aceitar e até a exclusão de deficientes não se restringe à literatura e está presente no Brasil no século XXI, com destaque para os portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso ocorre pela falta de informação a respeito da doença e estimula a discriminação, que faz com que muitos autistas encontrem dificuldades para estabelecer relações sociais.

O autismo só foi descrito em 1943 e inserido na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde a pouco mais de 25 anos, período muito recente para a Ciência. Dessa forma, até mesmo os profissionais da saúde desconhecem muitos aspectos dessa doença e a população que não lida com a situação é ainda menos informada, o que desencadeia o preconceito, palavra que em sua etimologia quer dizer um julgamento antecipado, sem fundamento e sem o conhecimento do problema. Com isso, essas pessoas portadoras do transtorno, que já apresentam dificuldades para se socializar, são discriminadas e deixam de participar de círculos sociais.

Além disso, é visível que a falta de pessoas capacitadas também dificulta essa inserção, visto que são poucos os pedagogos, por exemplo, especializados no ensino de crianças e adolescentes com autismo. Assim, muitos não frequentam a escola, uma das primeiras e principais esferas de socialização. Desse modo, eles ficam ainda mais quietos e retraídos, pois de acordo com o filósofo grego Aristóteles ” o homem é um ser social e a vida social é essencial para sua felicidade”.

É visível, portanto, que o processo de inclusão de portadores de tal transtorno é um desafio para a sociedade brasileira, visto  que a maior de sua população ainda não detém conhecimentos suficientes sobre a doença. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Educação criar campanhas que informem a população, com características desse transtorno e também com mecanismos de auxílio que norteiem os leigos para que consigam, corretamente, estimular a integração de autistas nos diversos grupos sociais. Por fim, também é papel da família como instituição transmissora de valores ensinar às crianças o respeito, a tolerância e a alteridade, com o fito de evitar situações preconceituosas e de exclusão, pois de acordo com o filósofo Immanuel Kant ” o homem é aquilo que a educação faz dele”.

 

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6 Correções

  1. Parabéns, o texto está ótimo, mas tenho alguns pontos que acho interessante levar em conta para próximos textos:
    – Cuidado com o excesso de apostos e definições no meio do texto. Por exemplo: não vejo necessidade em fornecer a definição formal de preconceito no segundo parágrafo, ela tirou um pouco da fluidez entre “Dessa forma, até mesmo os profissionais da saúde desconhecem muitos aspectos dessa doença e a população que não lida com a situação é ainda menos informada” e “Com isso, essas pessoas portadoras do transtorno, que já apresentam dificuldades para se socializar, são discriminadas e deixam de participar de círculos sociais.”
    – Cuidado com o excesso do uso de “que” tente ordenar os períodos para deixar a leitura mais fluida e leve.
    – Tente usar os próprios argumentos na solução de proposta da conclusão, por exemplo, já que você falou da falta de conhecimento dos próprios profissionais, por que não apresentar uma proposta para eles?
    – Aqui eu acho que é algo mais pessoal: as citações diretas de frases célebres são bem bonitas e demostram conhecimento, mas no meu gosto elas se encaixam melhor para introduzir o texto.
    São esses meus feedbacks, parabéns pelo texto, está bem rico em informações e escrito com muita precisão

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  2. Oi Ana tudo bem?
    Particularmente eu achei seu texto ótimo muito bem estruturado, com alguns erros comuns, mas que você pode melhorar em suas próximas redações, você deve ter mais cuidado com sua argumentação tente buscar algo mais concreto para chamar mais atenção dos jurados, para que não fique um texto monótono, realizando isso seu texto ira ficar ainda melhor, cuidado com o uso de muitos “que “ ao longo do texto essa são as dicas que eu acho que você pode melhorar mais um pouquinho, no entanto o inicio e a conclusão de seu texto segue muito bem apresentada, muito bem estruturada o uso de citações muito bem colocadas mostra que você está por dentro do assunto proposto. A sua proposta de intervenção extremamente boa seguindo todos os parâmetros indicados por corretores, tem muita coesão e mostra propostas que realmente podem fazer efeitos na sociedade.
    Continue assim e busque melhorar alguns pontos seus assim você vai longe!

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  3. Essa correção foi editada.

    Parabéns, o texto está ótimo, mas tenho alguns pontos que acho interessante levar em conta para próximos textos:
    – Cuidado com o excesso de apostos e definições no meio do texto. Por exemplo: não vejo necessidade em fornecer a definição formal de preconceito no segundo parágrafo, ela tirou um pouco da fluidez entre “Dessa forma, até mesmo os profissionais da saúde desconhecem muitos aspectos dessa doença e a população que não lida com a situação é ainda menos informada” e “Com isso, essas pessoas portadoras do transtorno, que já apresentam dificuldades para se socializar, são discriminadas e deixam de participar de círculos sociais.”
    – Cuidado com o excesso do uso de “que” tente ordenar os períodos para deixar a leitura mais fluida e leve.
    – Tente usar os próprios argumentos na solução de proposta da conclusão, por exemplo, já que você falou da falta de conhecimento dos próprios profissionais, por que não apresentar uma proposta para eles?
    – Aqui eu acho que é algo mais pessoal: as citações diretas de frases célebres são bem bonitas e demostram conhecimento, mas no meu gosto elas se encaixam melhor para introduzir o texto.
    São esses meus feedbacks, parabéns pelo texto, está bem rico em informações e escrito com muita precisão

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  4. Oi, Ana. Amiga, achei seu texto muito bom. Parabéns pelo ótimo desempenho.
    Só tenho que abrir um parênteses para as seguintes áreas.
    *Seu desenvolvimento está muito vago. Seus argumentos não são concretos. Melhore nesse quesito da próxima vez.
    *Com certeza vc sabe que a sua conclusão está muito clichê… “Campanhas” não servem mais de nada nos dias atuais. Pense em coisas mais criativas ( que sejam viáveis) e ( vc não fez isso) escreva quem, como, por meio de quê deve agir na resolução do problema.
    * O termo “diferente” que vc usou no 1+ parágrafo é equivocado, pois essa palavra meio que ( junto com o artigo -o-) separa os autistas do resto da população. Isso infringi os Direitos humanos. Tente trocá-la por expressões como: ” ao próximo” ou tanto faz… Sendo algo mais leve, tá aceitável.
    Ademais não tenho o que dizer, pois seu texto está correto, e dentro das regras da gramática.
    Bjo querida, espero ter ajudado.
    *Me segue aqui por favor*

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  5. Particularmente, acredito que ficou ótimo. A coerência do texto em todo seu trajeto, o jogo de pontuação e também os argumentos.
    Explicou bem e também pode mostrar que não faz muito tempo que o autismo foi considerado uma doença.
    Sempre temos algo pra melhorar, mas definitivamente acho que ficou muito bom.

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