Após correção de nossa amiga Gojiberry (gratidão)estou reenviando a redação. Acho que estava tão preocupado com a estrutura que esqueci a gramática :), mas é isso. Fazendo fazendo um dia feito!
“de 0 a 1000”
O educador Paulo Freire dizia em uma de suas maiores obras “A Pedagogia do Oprimido” que “o homem é um ser inacabado”, essa frase é muito pertinente em nossos dias em um mundo com tantos avanços tecnológicos, principalmente nas comunicações, pois é momento de analisar qual é o produto desse grande fluxo de informações e desinformação. O acesso à informação é essencial ao Estado Democrático de Direito, mas ela também possui o lado bom e o ruim. Este pode ser visto principalmente na propagação de ideias que fazem apologia à violência historicamente condenada em nossa sociedade enquanto aquele é o resultado de um maior acesso às informações para que as pessoas exercerem seus diretos bem como aumentar a conexão no mundo.
O Velho Guerreio já dizia: Quem não se comunica se estrumbica. Mas quem o faz de forma errada também pode se estrumbicar, hoje, por exemplo, temos o fenômeno do crescimento de grupos nazistas e neofacistas em todos os países, pessoas que, usando da prerrogativa constitucional do direito de expressão, usam-no de forma abusiva para expor aquilo que a própria carta magna protege como o bem mais precioso: a vida. É de conhecimento de todos que esses movimentos trouxeram um momento sombrio para a humanidade e serviram como base para a criação da Declaração dos Direitos Humanos. Por exemplo, não é incomum, nos canais abertos de televisão expressões do tipo: “Os direitos humanos só servem para os bandidos”; “A polícia prendeu, mas os diretos humanos soltam o bandido” e outras mais. Essas afirmações, em bem da verdade, não são úteis, pois são formas de violência como afirmou Mahatama Gandhi, segundo este a violência está constituída de três aspectos física, verbal e mental, e o que parte da mídia tem feito é trazer para a população uma ideia errada do que seria o tratado internacional favorecendo, num primeiro momento, o crescimento de dois aspectos da violência descritas pelo ilustre hindu, nas palavras e nos pensamentos da sociedade que passa apoiar os excessos que possam ser cometidos pelas autoridades policiais. E para piorar, a terceira forma de violência descrita pelo libertador da Índia – a física – tem ocorrido quando a própria comunidade assume o papel de polícia, advogacia e juiz, aplicando a pena de morte sem possibilidade da ampla defesa ao suspeito.
Mas a era da informação trouxe também diversos benefícios. Um bom exemplo disso é o acesso que as pessoas têm aos portais de transparência, isso facilita o exercício da cidadania, já que, é possível verificar onde e como está sendo aplicado os recursos públicos, saber em que eles são investidos é essencial para toda a sociedade. Além disso, a comunicação entre pessoas tornou-se mais acessível, um exemplo disso é que na década de 90 uma ligação telefônica interestadual usando o antigo “orelhão” custava valores absurdos e o resultado não era satisfatório, por outro lado, hoje temos um processo com custo muito menor e com direito a fotos e videochamadas que tem causando um sentimento de proximidade entre as pessoas no mundo.
Tudo isso mostra a sensação de que o mundo é uma grande aldeia global. Muitos estão aproveitando toda essa evolução tecnológica para serem cidadãos e ainda conhecer e reconhecer o outro, mas outras pessoas estão usando isso para afastar-se do civilizado de volta à barbárie. Essa aproximação ou distanciamento são o acabamento do que diz Freire, pois a escolha de como usar a avanço da ciência que dirá o rumo da humanidade para um povo mais unido ou grupos mais distantes. Desta feita caberia ao congresso nacional estabelecer leis que regulamentem a valorização da boa comunicação e puna o mal uso dela, principalmente nos meios de comunicação. Outra forma de melhoria poderia ser por meio de ações na própria mídia demonstrando o que é a violência extrema e a ferida que ela deixou no passado esquecido ou não lido.
Gojiberry
Boa noite Golias!! Vou fazer sua correção detalhadamente!! E, não gosto de dar nota mas vou me basear no portal do MEC pra tentar ser o menos injusta possível, afinal, você me parece ter muito conteúdo mas ainda pouco domínio de como se expressar, então vamos lá, vamos evoluir juntos!
1. Domínio da escrita formal da língua portuguesa – 120 :I
Eu achei mais de 20 erros na sua escrita, alguns até graves, contudo, não se preocupe eu vou pontuar cada um deles depois da correção geral :)
2. Compreender o tema e não fugir do que é proposto – 180 :D
Eu AMEI seus argumentos, mas o segundo parágrafo ainda não está tão bom, seria bom preenchê-lo com fatos mais delimitados, uma citação, um filme, porque por mais que saibamos que isso acontecia os corretores oficiais gostam desses contornos alusivos.
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista – 160 :) Ainda que consistentes, tente selecioná-los melhor, pois a impressão que tenho é que suas ideias vieram no meio da sua produção textual já pronta e você não soube encaixá-las tão bem, então selecione melhor o que e como defender, pois sabemos que há um universo de informação a ser colocada mas infelizmente o dissertativo argumentativo é muito superficial para incluí-las :/
4 Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação – 120 :I
Houve muitos erros quanto aos conectivos e um deles até contrapõem fatos que não deveriam ser contrários dentro do mesmo parágrafo e isso acarretou prejuízos ao seu texto
5. Conclusão e proposta de intervenção – 40 ;-;
Você apenas conclui e relaciona ao tema porém não apresenta a proposta de intervenção (uma solução para o problema), o que é essencial para o texto dissertativo, que deve apresentar:
Agente: quem?
Ação: o que?
Meio/modo: Como? Através de que(m)?
Finalidade: Para que isso? Qual a finalidade?
Nota geral: 620
Correção da gramática:
O educador Paulo Freire dizia em uma de suas maiores obras “A Pedagogia do Oprimido” que “o homem é um ser inacabado” [1.1] essa frase é muito pertinente em nossos dias em um mundo com tantos avanços tecnológicos, principalmente nas comunicações, pois é momento de analisar qual é o produto desse grande fluxo de informações e desinformação. O acesso a [2.1] informação possui um fluxo jamais visto, mas, [3] mesmo [4.1] elas possuem o lado bom e o ruim. Este pode ser visto principalmente na propagação de ideias que fazem apologia a [2.2] violência [1.2] historicamente [4.2] condenadas em nossa sociedade [1.2] enquanto aquele é o resultado de um maior acesso as [2.1] informações para o exercício da cidadania e a conexão entre pessoas.
[5] Por um lado, temos o avanço de grupos nazistas e [6] neofacistas em todos os países.[7] Pessoas que, usando da prerrogativa constitucional do direito de expressão, abusam de tal direito [8] para expor aquilo que a própria carta magna protege como o bem mais [11] preciso,[9] o direito [2.3] a vida. É de conhecimento de todos que o nazismo foi um momento muito sombrio para a humanidade e que aquele [10] episódio foi base para a criação da Declaração dos Direitos Humanos. Mas, não é incomum, mesmo [11]na nos canais abertos de televisão expressões do tipo: “Os direito[11] humanos só servem para [11]banidos”; “A polícia prendeu, mas os [11] diretos humanos ajudam o bandido” e outros mais. Essas afirmações, em bem da verdade, não são informação, pois elas trazem para a população [11] um ideia errada do que seria os “ [11] Diretos Humanos”, esse tipo de desinformação só favorecem ao aumento da violência.
Mas [13] temos também muitas [20] coisas boas com a era da informação. Um bom exemplo disso é o acesso que as pessoas tem [15] aos portais de transparência, isso facilita o exercício da cidadania, já que, é possível verificar onde e como está sendo aplicado os recursos públicos. Saber para onde o nosso [13] dinheiro está indo é essencial para o exercício da cidadania. [14] Por outro lado, a comunicação entre pessoas tornou-se mais acessível, enquanto que na década de 90 [1.3] para se comunicar com um ente que residia em outro estado [1.3] era necessário gastar valores absurdos às [2.4] operadoras de telefonia ou em fichas telefonicas [11] [16] hoje o processo tem custo muito menor e com direito a fotos e videochamadas. [17] O sentimento de proximidade que isso trouxe é um ganho fenomenal.
Tudo [11] Isso mostra que realmente vivemos [13] em uma grande aldeia global. Muitos de nós [13] estamos aproveitando toda essa evolução tecnológica para sermos cidadãos e ainda conhecer e reconhecer o outro, mas outras pessoas estão usando todo o potencial de fluxo de informação para [18] se afastar do civilizado rumo à barbárie. Essa aproximação ou distanciamento talvez seja [19] o acabamento do que diz o [11] Patrono da Educação, pois a escolha de como usar a avanço tecnológico que dirá se [13] seremos um povo mais unido ou grupos mais distantes.
[1] Explicações devem estar entre vírgulas
1. Como você foi explicar o uso da citação, o trecho deveria estar entre vírgulas, nesse caso, basta adicionar uma no começo
2. A explicação sobre a violência também deveria vir entre vírgulas
3. Não é bem uma explicação, mas uma informação adicional, ou seja, você poderia seguir com a oração principal sem perda de coerência.
[2] – Faltou crase pois:
1. a palavra “acesso”, rege a preposição a e somado ao artigo a(s), exige preposição, afinal as pessoas tem de ter acesso A algo.
2. Assim como acesso, apologia também rege preposição “a” pois quem faz apologia, faz apologia a algo ou a alguém.
3. Direito também rege a preposição “a” Ex: Eles têm direito ao salário mínimo e à aposentadoria.
4. Esse caso é oposto, aqui não tem crase, pois o verbo gastar rege a preposição “com”, logo a preposição “a” não existe, junto dela cai por terra a acentuação.
Dica: Quando tiver em dúvida onde há crase ou não, substitua por um substantivo masculino e se o resultado for “ao” é porque há crase, ou apenas se lembre que à = a+a.
Ex: Fez apologia AO crime / Não teve acesso AO local.
[3] – Por incrível que pareça, “mesmo” usado como retomada é registro de fala coloquial e o modelo ENEM não aceita, :/ além do fato que não faria diferença ele estar ou não ali, a não ser que seja para ênfase, o que transformaria a oração para “Mas, mesmo ele possuindo lado bom e ruim…” o que causaria grande mudança no seu texto e, em terceira e melhor hipótese você poderia colocar “até mesmo”.
[4] Erros de concordância
1. Você não poderia ter retomado o termo com o pronome “elas” pois o sujeito é “o acesso à informação” e o acesso é “ele”, por isso deveria ser “ele possui o lado bom e o ruim”.
2. Em “condenadas”, o termo a ser retomado é “violência” então deveria ser colocado no singular 😉
[5] – “Por um lado” é um adjunto adverbial, esse elemento, quando é deslocado e possui 3 palavras ou mais, deve ser separado por vírgula, dois-pontos também seria uma boa, pois daria ênfase :D
[6] – O prefixo “Neo” deve ser colocado sempre junto à palavra.
[7] – O tópico frasal não precisa sempre vir separado por ponto, nesse caso era necessária vírgula.
[8] – (Dica :D) daria pra “economizar” a palavra direito nesse caso, pois “tal” já dá ideia de retomada, e só no seu 2º parágrafo há 5 palavras “direito”.
[9] – (Sugestão) – uso de dois pontos seria como “um pouso do herói” pelo forte argumento que tem em mãos.
[10] – “O nazismo” deve ser retomado por “esse”, por não estar distante no texto e já ter sido citado.
[11] – Erros de digitação, imagino eu :D
[12] Atenção para a repetição (aquelas que aparecem + de 2 vezes) das palavras:
Direito – 8 repetições
Mas – 5 repetições
Informação – 4 repetições / derivados: desinformação – 2 repetições; informações (2 repetições)
Acesso – 3 repetições / derivados: acessível uso único
Pessoas – 5 repetições
Exercício da cidadania – 3 repetições
Comunicação – uso único / derivados: comunicar, comunicações – uso único
Avanço – 2 repetições / derivados: avanços – uso único
[13] É terminantemente proibido qualquer menção ou alusão à primeira pessoa (eu ou nós) no texto dissertativo argumentativo, mesmo que seja pronome possessivo :/
[14] Além de repetido, o adjunto foi mal empregado nesse caso, pois não há contraposição no meio desse parágrafo, sim uma continuação, 😉 que poderia ser substituída por “Ainda comentando os benefícios” “Outrossim” “Além do fato que” entre outras locuções que conectem, não contraponham.
[15] O verbo “ter” em seu plural é flexionado com acento, Eles(as) tÊm.
[16] Ponto Final, pois o assunto sobre o acontecimento passado foi encerrado para que pudesse iniciar a conclusão do parágrafo/argumento.
[17] Nessa ocasião deveria ser usada a vírgula, pois é a frase conclusiva da sua última proposição, ou seja, “mesmo assunto”.
[18] O pronome “se” está mal posicionado, este é um caso de próclise, ou seja, o correto seria “afastar-se”.
[19] Nunca use talvez ou palavras que deixem dúvida em seu texto, principalmente na conclusão, eu como colega de estudos entendo o sentido, mas um corretor real interpreta como vício de linguagem ou que você não tem certeza do que está falando e isso torna fraco qualquer argumento.
[20] “Coisas” também é considerado marca de oralidade, evite usar esse termo, nesse exemplo seria possível empregar substitutos como “benefícios”
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O conforto trazido pelos avanços tecnológicos é inegável, mas você é capaz de avaliar o impacto que TV’s (e seus controles remotos), computadores, telefones móveis e carros podem ter na vida e na saúde das famílias?
Recente estudo de universidade canadense mostrou que essas comodidades da vida moderna aumentam muito o risco de obesidade, principalmente nos países em desenvolvimento, em que parcelas significativas da população melhoraram sua condição econômica e passaram a adquirir esses bens de consumo. Isso não e exatamente uma novidade nos países desenvolvidos.
Não é à toa que, por exemplo, ingleses, norte-americanos e canadenses lutam contra uma verdadeira “epidemia” de obesidade há décadas. A novidade é a migração desses padrão para países em desenvolvimento, o que pode onerar ainda mais os seus sistemas de saúde pública, que já enfrentam inúmeras limitações de orçamento.
A pesquisa apontou a relação entre esses itens de consumo, maior sedentarismo e risco aumentado de obesidade e doenças dela decorrentes (como diabetes e hipertensão