Homeschooling: uma fuga da educação brasileira

Tema: Homescholling

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, nãos sãos as crises que mudam o mundo, mas sim as reações a elas. Sob tal ótica, diante das requisições de pais que visam inserir seus filhos na metodologia “Homeschooling”, ensino em casa direcionado por eles, é notório que o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora um grande número de formandos analfabetos e, como efeito, emergem iniciativas a este tipo de doutrinação. Logo, faz-se mister a análise dessa conjuntura a fim de promover reações positivas defronte à problemática.

Em primeiro plano, é axiomático como a amostra elevada de pessoas que não sabem ler colabora para a perenização desse quadro deletério. Conforme o Programa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), apenas em 2019, foi registrado 11 milhões de analfabetos no Brasil. Destarte, é mostrado com veemência que uma quantidade massiva de alunos saem, infelizmente, da escola não capacitados a ler, de forma a evidenciar que um panorama o qual erradique esse déficit em voga na educação ainda não é realidade no Brasil.

Torna-se irrefutável, em segundo lugar, a íntima relação da motivação de alguns pais, para o ensino domiciliar, com a causa supracitada. Consoante às ideologias do matemático Pitágoras, o mundo é baseado na harmonia de forças contrárias. De maneira análoga, fica claro o hodierno contexto de desequilíbrio do país, aonde de um lado se encontra genitores à mercê do ensino precário dos filhos, à medida que no outro se encontra em destaque uma metodologia não próxima às dificuldades do aluno. À luz dessa perspectiva, é imperiosa a necessidade de ações que visem mitigar esse impasse.

Depreende-se, portanto, que há a premência de medidas com o fito de liquidar esse imbróglio. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação e Cultura, por intermédio da alteração na Base Nacional Comum Curricular, adicionar a disciplina de Educação Auxiliativa, a qual visará identificar as dificuldades dos estudantes, de forma a melhorar as característica de algumas aulas com o objetivo de ajudar esse quantitativo. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, de modo a desenvolver cidadãos mais capacitados desde a tenra idade, além de fazer “jus”, positivamente, àquilo que fora apregoado por Bauman.