O filme “Preciosa”, dirigido por Lee Daniels, retrata a vida de Claireece, uma jovem de 16 anos, gravida de seu próprio pai pela segunda vez, que sofre diversos abusos de sua mãe. Em sua jornada, Claireece procura uma oportunidade em uma escola alternativa sob a orientação firme e paciente de sua nova professora, Sra. Rain, Preciosa começa a viagem da opressão para autodeterminação. Fora da ficção, no Brasil em pleno século XXI, a gravidez na adolescência persiste no país. Sobre tal aspecto, tal cenário antagônico é fruto tanto da negligência do Estado e da falha consciência da população. Diante disso, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.
Em primeiro lugar, é indispensável ressaltar a inexistência de apoio do Governo ao bem-estar dos brasilianos imaturos quanto às mazelas da gravidez precoce. Não obstante, a Constituição Brasileira de 1988 assegura os direitos social e fundamental de proteção à infância e à maternidade. Entretanto, dado levantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que de cada cinco bebês que nascem, um tem a mãe com idade entre 15 e 19 anos de idade, observando-se na realidade contemporânea o oposto do que tange à norma. Analogamente, tal cenário antagônico deriva da falta de assistência do Estado -como a falta de profissionais capacitados e equipamentos necessários-, além de não promover medidas profiláticas – como exemplo: a conscientização para os jovens das consequências e como evitá-las-, perpetuando na problemática que, destarte, gera uma série de crises e problemas sociais, como o abandono da escola, além da futura inserção no mercado de trabalho. Dessa maneira, faz-se mister a importância da reformulação dessa postura de modo urgente.
Outrossim, destaca-se a desinformação social como impulsionadora da problemática. Conforme o sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo só será apto a fim de intervir um problema social quando entender as suas conjunturas e a origem. Sob tal ótica, nota-se a importância do papel da informação midiática e da educação como instrumentos de controle social – designa o controle da sociedade sobre as ações do Estado-, a fim de assegurar a manutenção dos serviços de atendimento ao cidadão sobre os malefícios do impasse. Entretanto, atos contraditórios corrobora para o declínio ao direito do cidadão, tal fato é evidenciado pela ausência de conhecimento, em parte da população, sobre as consequências do problema. Desse modo, evidencia-se a importância da informação na sociedade como forma de combater o impasse.
Portanto, urge que o Ministério Público crie, por verbas governamentais, campanhas publicitárias que estimulem a sociedade sobre o tema. Tais campanhas devem ser webconferenciadas nas redes sociais, com objetivo de trazer mais lucidez sobre o assunto para a sociedade. Além disso, convém a atuação do Poder Executivo Federal no direcionamento de dinheiro para o setor da saúde e educação, por meio dos recursos advindos dos impostos federais, que elevem a qualidade dos hospitais regionais e do Sistema Único de Saúde, bem como com o objetivo de investirem nas estruturas hospitalares, na compra de equipamentos adequados e em locais mais acessíveis. Dessa forma, o Brasil poderá ultrapassar antigos paradigmas.
joaorodrigosalles
Aparentemente eu não vi nenhum erro em seu texto. Está muito bem escrito e desenvolvido. Seus argumentos estão consistentes e seu repertório muito bem articulado. Entretanto, gostaria de sugerir que você fizesse mais reflexões ao longo do densenvolvimento, para deixar os argumentos ainda melhores.
Nota: 980
Bela@
1. Domínio da escrita formal da língua portuguesa
Apesar do texto ser bem escrito, observei algumas falhas, como na palavra “gravida” inserida no primeiro parágrafo. 180
2. Compreender o tema e não fugir do que é proposto
Você não fugiu do tema e se mostrou bem preparado a essa coletânea. 200
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Parabéns!! Você utilizou um filme, a Constituição, o IBGE e ainda apresentou um sociólogo. Só tome cuidado para não se sabotar, no dia do Enem e outros vestibulares em que for realizar você não terá todos os dados disponíveis, somente aqueles em que você se lembra. 200
4. Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
Aparentemente não observei nenhum erro. 200
5. Respeito aos direitos humanos
Sua conclusão conseguiu solucionar todos os problemas relatados em seu texto. 200
980
Sandy98799
1. Domínio da escrita formal da língua portuguesa
É avaliado se a redação do participante está adequada às regras de ortografia, como acentuação, ortografia, uso de hífen, emprego de letras maiúsculas e minúsculas e separação silábica. Ainda são analisadas a regência verbal e nominal, concordância verbal e nominal, pontuação, paralelismo, emprego de pronomes e crase. (160) ainda há presença de alguns desvios gramaticais.
2. Compreender o tema e não fugir do que é proposto
Avalia as habilidades integradas de leitura e de escrita do candidato. O tema constitui o núcleo das ideias sobre as quais a redação deve ser organizada e é caracterizado por ser uma delimitação de um assunto mais abrangente. (200)
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. (200)
4. Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
São avaliados itens relacionados à estruturação lógica e formal entre as partes da redação. A organização textual exige que as frases e os parágrafos estabeleçam entre si uma relação que garanta uma sequência coerente do texto e a interdependência entre as ideias.
Preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais são responsáveis pela coesão do texto porque estabelecem uma inter-relação entre orações, frases e parágrafos. Cada parágrafo será composto por um ou mais períodos também articulados. Cada ideia nova precisa estabelecer relação com as anteriores.
5. Respeito aos direitos humanos
Apresentar uma proposta de intervenção para o problema abordado que respeite os direitos humanos. Propor uma intervenção para o problema apresentado pelo tema significa sugerir uma iniciativa que busque, mesmo que minimamente, enfrentá-lo. A elaboração de uma proposta de intervenção na prova de redação do Enem representa uma ocasião para que o candidato demonstre o preparo para o exercício da cidadania, para atuar na realidade em consonância com os direitos humanos. (200)