Feminicidio Agora Já Basta

Em todo o ano passado, foram mais de 480 mil atendimentos. No ano de 2015 foram 32 mil registros de violencia contra a mulher. A metade desses relatos foi sobre a violencia física. Em seguida aparecem denuncias de violencia psicológica, moral, cárcere privado e violencia sexual. E em dezembro de 2014, o deputado Jair Bolsonaro foi a figura principal de uma grande polemica na camara dos Deputados. Bolsonaro respondeu a divergencia anterior da colega Maria do Rosário, ex ministra dos Direitos Humanos, disse que não estruparia porque ela não merece.

Nesse sentido, a lei do feminicidio, sancionada no dia 9 de março pela Presidenta Dilma Rousseff, preve que casos de violencia domestica e familiar ou menos prezo e discriminação contra a condição de mulher passam a ser vistas como qualificadores do crime. Os homicidios qualificados tem pena que vai de 12 a 30 anos, enquanto os homicidios simples preverem reclusão de 6 a 12 anos. Outro aspecto que vale ser lembrado é a iniciativa do Disque Denúncia do Rio que ganhou repercursão nacional com a participação de algumas atrizes.

Diante desse fato, a violencia nem sempre é explicita. No Brasil, são regularmente veiculadas na mídia propagandas de caráter miságino e dezemarizador. De forma recorrente, tais anúncios exploram o corpo feminino, usando-o como estratégia de vendas o solupondos corpos seminus á essencia individual. Também podemos tomar como exemplos de violencia sutil e estrutural a disparidade salarial que, no Brasil, pode chegar a 30% de diferença entre homens e mulheres ocupando os mesmos cargos.

Fica claro, portanto, que a violencia contra a mulher é consequencia de diversos problemas estruturais e que é preciso combate-la. Para tanto o Ministério da Educação pode incluir nos currículos escolares das escolas públicas oficinas nos moldes de Programa Espaço Jovem, que, em São Paulo trabalha questões. Talvez assim, possamos nos livrar das amarras de uma sociedade patriarcal e deixarmos de ser como as mulheres de Atenas.