“Exploração trabalhista na sociedade moderna”

O filme em busca da felicidade que trata da exploração trabalhista mostra uma realidade vivida no Brasil. Chris Gardner, interpretado pelo ator Will Smith, tenta usar suas habilidades de vendedor para conseguir um bom emprego. Pai solteiro e com um filho para cuidar, ele consegue um estágio não remunerado numa corretora de ações. Contudo, ele acaba perdendo o emprego e passa a morar com seu filho em locais públicos na esperança de que dias melhores irão vir.

Em princípio, este tipo de extorsão não é algo dos dias atais. Similarmente, na época da Idade Média, a terceirização da mão-de-obra já ocorria quando os camponeses eram subordinados aos senhores feudais a fim de conseguir a proteção militar e terras para agricultura. O mesmo também se repete no modelo fordista onde tinha por slogan “time is Money” (tempo é dinheiro) o qual é ilustrado em tempos modernos, estrelado por Charles Chaplin.

O sociólogo contemporâneo Bauman afirmava que vivemos numa “modernidade líquida”, ou seja, uma atualidade inconstante, de incertezas. Justificando, assim, o desemprego, as reformas trabalhistas, a bolsa de valores e a crise econômica em si. De acordo com site BBC, o número de suicídios no Japão devido o excesso de trabalho ganhou até nome, Karoshi. Hoje, cerca de duas mil mortes no país estão ligadas a carga horária extensa.

Nesse sentido, cabe ao Ministério do Trabalho fiscalizar as horas trabalhadas para que os horários não sejam excedidos, as empresas garantirem o tratamento da saúde mental de seus funcionários (principalmente na área da saúde) e, as redes midiáticas produzirem propagandas com a finalidade de divulgar os direitos dos trabalhadores a fim de prevenir e erradicar esse novo método de trabalho escravo atual.