Êxodo Rural e suas Consequências Sociais

A necessidade de o Brasil substituir as importações oriundas de países os quais participavam da Primeira Guerra Mundial resultou num surto industrial no início do século XX. Getúlio Vargas, presidente do país na década de 1930, promoveu o impulso da industrialização brasileira com a criação de diversas leis. Na medida em que o Brasil se industrializa, o êxodo rural é inevitável e uma série de problemas afetam o campo e, principalmente, a cidade.

Em primeiro lugar, quando a população aumenta nos centros urbanos, a cidade cresce vertiginosamente e, na maioria dos casos, não houve planejamento das áreas ocupadas. Destarte, aqueles que tinham condições financeiras desfavoráveis fixaram-se em regiões de risco. Isso se assemelha ao ocorrido com os escravizados libertos pela Lei Áurea, em 1888, que foram negligenciados pelo governo e também buscaram lugares desapropriados para  ocupar, criando, por exemplo, as favelas no Rio de Janeiro.

Em segundo lugar, a desigualdade entre a classe trabalhadora e os donos dos meios de produção acentuou-se significativamente. O filósofo e sociólogo alemão Karl Marx defendia a ideia de que tal disparidade acabaria quando o proletariado tomasse o poder por meio de uma revolução. Os trabalhadores brasileiros conquistaram alguns direitos através de manifestações, mas a diferença exorbitante entre ricos e pobres continua crescendo na atualidade.

Portanto, medidas devem ser tomadas para solucionar o impasse. Os Ministérios do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura devem redirecionar a população das áreas de risco a lugares apropriados, oferecendo-lhes saneamento básico e, em conjunto com o Ministério da Educação, proporcionar-lhes um sistema estudantil  de qualidade a fim de garantir que essas pessoas tenham um futuro promissor; resolvendo (ou atenuando) as desigualdades sociais oriundas do êxodo rural provocado na industrialização tardia no Brasil.