A constituição federal – registro jurídico mais valioso do país – alude em seu artigo 6 que a educação deve ser um direito inerente a todo cidadão. Entretanto, no Brasil hodierno, percebe-se que tal prerrogativa não se reverbera com eficácia sobre parte da população brasileira, haja vista que pouco são mobilizadas ações que visem a redução da evasão escolar, levando jovens sem base e preparação para a vida. Nesse contexto, para remediar a situação, faz-se necessário a imperiosa análise dos principais desafios que resultam no impasse, a citar: as falhas educacionais e o bullying.
Nesse sentido, vale ressaltar que o modelo de ensino atual participa ativamente na conjuntura do impasse, uma vez que é arcaico. Isso porque, tal estrutura educacional é análogo ao utilizado na época da Revolução Industrial, que empregava um método conteudista e passiva visando formar futuros operários. Sob esse prisma, a falta de dinamicidade na preparação de aulas faz com que haja menos interação entre professores e educandos, fazendo estes sentirem dificuldades e incapacidades na absorção do conteúdo e, ao temer o fracasso, optam pelo abandono escolar. Dessa forma, é nítido que o falho modelo educacional funciona como uma âncora no desenvolvimento dos jovens, pois não cumpre a função de atrair e imergir o aluno ao conteúdo.
Além disso, pode-se salientar que a prática do bullying é um agravante para a permanência da problemática. Nesse exegese, o livro “O extraordinário” aborda a narrativa de uma criança com deformidade facial que terá de frequentar a escola pela primeira vez, consequentemente, aos olhares e julgamentos. Paralelamente à ficção, essa é a realidade de muitos indivíduos que têm de passar pelo mesmo pesadelo frequentemente ao sofrerem piadas, ofensas e até mesmo agressões por conta de seu comportamento ou característica física e, por vergonha de pedir ajuda além da falta de concentração, julgam a fuga acadêmica como aceitável. Assim, conclui-se que tal situação não mais pode se fazer presente na sociedade.
Portanto, é imprescindível a adoção de medidas para a atenuação da evasão escolar. Para isso, urge ao Ministério da Educação em parceria com as escolas, por meio de recursos públicos, a elaboração de ações que modifiquem a estrutura educacional a fim de torná-las menos monótonas e evitar o abandono escolar como, por exemplo, a inserção de atividades esportivas e culturais. Ademais, o Estado, por intermédio das principais mídias, deve elaborar campanhas e propagandas conscientizadoras acerca da prática e consequências do bullying na vida e mente dos jovens. Dessa maneira, torna-se-á possível o cumprimento do direito previsto no artigo 6.
Hygorsilvazx
Introdução: muito bem desenvolvida e articulada, apresentou tese + 2 argumentos, e a estrutura muito bem colocada.
D1: Retomada de argumentos excelentes, bom decorrer do tema, utilizando citações incríveis, ao todo você foi muito bem nessa competência!
D2:Utilizou um filme que eu particularmente amo, que introduz perfeitamente nesse tema. Você conseguiu retomar perfeitamente seus argumentos e fez uma bom “puxão de orelha” no dever do governo.
Conclusão:
Bem estruturada, a proposta de intervenção muito interresante, no total você foi ótimo! Parabéns.
anarobsouza
Oii, tudo bem? Vou fazer alguns comentários sobre o seu texto e espero que possa lhe ajudar!
C1 – Você domina a norma culta da língua portuguesa, só se atente para alguns desvios, repetições, e falhas de concordância.
C2- Você trouxe uma referência por parágrafo, parabéns! Continue assim, e lembre-se que, mais que um repertório, é necessário sempre fazer um uso produtivo dele. Ou seja, busque utilizar aquele repertório que sinta mais confiança em ligar com suas ideias, de modo a enriquecer sua argumentação de maneira autoral, natural e coesa.
C3- Seu texto está muito bem organizado, novamente, parabéns! Ele possui quatro parágrafos, sendo o primeiro introdução, seguido de dois para o desenvolvimento, e por fim, sua conclusão. Sem dúvidas, o padrão ideal do ENEM. Além disso, você organizou bem suas ideias. Na introdução, iniciou com a referência, seguido de uma contextualização com o tema, e por último, explanou sua tese, perfeito! Nos parágrafos de desenvolvimento, você apresentou inicialmente o tópico frasal, seguido de causa, consequência e um exemplo (repertório), ótimo! Na conclusão, retomou a referência inicial, o que também é recomendado.
C4 – Você possui vasto conhecimento de conectivos e os usa corretamente, siga assim! Uma dica que geralmente dou é procurar iniciar o parágrafo sempre com um conectivo, o que notei que você já faz perfeitamente, inclusive, utilizou os mais recomendados, que são “Nesse sentido” (ou “Nesse Viés”, entre outros); “Além disso” (ou “Ademais”) e “Portanto”, respectivamente para os parágrafos dois, três e quatro. Somente recomendo iniciar a introdução com “No artigo 6 da Constituição Federal…” ou Na Constituição Federal….”. Procure colocar “No livro”, “Na série”, “Em sua obra”, ou algo do tipo para introduzir de fato a referência.
C5 – Para garantir nota máxima na sua proposta de intervenção, é essencial que nela constem cinco elementos, que são: ação, agente, modo/meio, efeito/finalidade e detalhamento. Consegui identificar ao menos quatro deles em seu texto, parabéns! Quando você diz “a elaboração de ações que modifiquem a estrutura educacional”, acredito que seria melhor exemplificar as ações, pois, caso contrário, a ‘ação’ da sua proposta será a elaboração de ações, o que pode ficar um pouco confuso. No mais, somente lhe atento para que foque em fazer primeiro uma proposta de intervenção (para um dos argumentos) com todos os cinco elementos, pois, se você fizer duas, pode ser que ambas fiquem incompletas, pois muitas vezes, o limite de número de linhas não permite escrever tanto, o que lhe causará prejuízo de nota. Portanto, assegure-se de ter, pelo menos, uma proposta com cinco elementos, e caso sobre espaço e você queira fazer uma proposta para o outro argumento, também será bem-vinda.
No geral, seu texto está ótimo, acredito que receberia 900+. Continue assim, e boa sorte!!
d_.isabela
constituição federal – registro jurídico mais valioso do país – alude em seu artigo 6 que a educação deve ser um direito inerente a todo cidadão. Entretanto, no Brasil hodierno, percebe-se que tal prerrogativa não se reverbera com eficácia sobre parte da população brasileira, haja vista que pouco são mobilizadas ações que visem a redução da evasão escolar, levando jovens sem base e preparação para a vida. Nesse contexto, para remediar a situação, faz-se necessário a imperiosa análise dos principais desafios que resultam no impasse, a citar: as falhas educacionais e o bullying.
Nesse sentido, vale ressaltar que o modelo de ensino atual participa ativamente na conjuntura do impasse, uma vez que é arcaico. Isso porque, tal estrutura educacional é análogo ao utilizado na Revolução Industrial, que empregava um método conteudista e passiva visando formar futuros operários. Sob esse prisma, a falta de dinamicidade na preparação de aulas faz com que haja menos interação entre professores e educandos, fazendo estes sentirem dificuldades e incapacidades na absorção do conteúdo e, ao temer o fracasso, optam pelo abandono escolar. Dessa forma, é nítido que o falho modelo educacional funciona como uma âncora no desenvolvimento dos jovens, pois não cumpre a função de atrair e imergir o aluno ao conteúdo.
Além disso, pode-se salientar que a prática do bullying é um agravante para a permanência da problemática. Nesse exegese, o livro “O extraordinário” aborda a narrativa de uma criança com deformidade facial que terá de frequentar a escola pela primeira vez, consequentemente, aos olhares e julgamentos. Paralelamente à ficção, essa é a realidade de muitos indivíduos que têm de passar pelo mesmo pesadelo frequentemente ao sofrerem piadas, ofensas e até mesmo agressões por conta de seu comportamento ou característica física e, por vergonha de pedir ajuda além da falta de concentração, julgam a fuga acadêmica como aceitável. Assim, conclui-se que tal situação não mais pode se fazer presente na sociedade.
Portanto, é imprescindível a adoção de medidas para a atenuação da evasão escolar. Para isso, urge ao Ministério da Educação em parceria com as escolas, por meio de recursos públicos, a elaboração de ações que modifiquem a estrutura educacional a fim de torná-las menos monótonas e evitar o abandono escolar como, por exemplo, a inserção de atividades esportivas e culturais. Ademais, o Estado, por intermédio das principais mídias, deve elaborar campanhas e propagandas conscientizadoras acerca da prática e consequências do bullying na vida e mente dos jovens. Dessa maneira, torna-se-á possível o cumprimento do direito previsto no artigo 6.
Olá,tudo bem? Vou falar alguns pontos que percebi em sua redação!
Particularmente eu amei seu texto,acho que a estrutura esta muito bem feita,é um ótimo modelo.
Gostei da alusão a revolução industrial em um dos desenvolvimentos,ele foi produtivo e não ficou aleatório no parágrafo.
Citar o livro também foi ótimo,mostra que você teve um bom repertório sociocultural.
A conclusão também está bem completa.