No filme “O Profissional”, de 1994, a personagem Mathilda deixa de ir à escola repetidas vezes em razão de conviver em um ambiente familiar conflituoso. Fora da ficção, muitas crianças e adolescentes brasileiros também abandonam os estudos, de forma que, a evasão escolar constitui-se como uma problemática crucial a ser amenizada. Nesse sentido, não só a carência de condições financeiras, mas também o modelo educacional arcaico são fatores que precisam ser discutidos para reverter esse cenário.
A princípio, cabe ressaltar que a vulnerabilidade social resulta na necessidade dos jovens substituírem os estudos pelo trabalho para contribuírem na renda familiar. Sob essa perspectiva, o educador Paulo Freire desenvolveu o neologismo “empoderamento” para referir-se ao poder transformador da educação, a qual é uma ferramenta imprescindível para a melhoria das condições de vida dos grupos oprimidos. No entanto, tal população desamparada é incapaz de desfrutar do benefício citado, uma vez que os estudos perdem prioridade devido à indispensabilidade que a atividade laboral assume em um contexto de extrema pobreza. Com base nisso, oferecer condições econômicas dignas às famílias é um passo fundamental para suspender essa conjuntura preocupante.
Outrossim, as formas de ensino adotadas pelas instituições não são compatíveis com a sociedade hodierna, criando, assim, um ambiente de aversão para os jovens. Acerca disso, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, a Modernidade Sólida foi substituída por uma Líquida – caracterizada por constantes mudanças e por um excesso de informações que comprometem a capacidade de concentração. Nesse viés, as escolas não acompanharam essas transformações sociais: continuaram como entidades “sólidas”, as quais tornaram-se incapazes de manter o interesse dos indivíduos com o uso de métodos rígidos e ultrapassados. Dessa forma, adaptar as instituições de ensino ao contexto atual é necessário.
Portanto, a fim de proporcionar locais de aprendizagem atrativos, urge que o Ministério da Educação realize reformas na Lei de Bases e Diretrizes da educação nacional, mediante a adoção de táticas de ensino condizentes com a realidade da juventude, tais como: inserção de tecnologias, flexibilização de horários e formas mais eficazes de testar o conhecimento dos alunos. Somado a isso, o Governo Federal deve disponibilizar auxílios financeiros aos estudantes de famílias vulneráveis, para evitar que os jovens saiam das escolas para trabalhar. Com essas medidas, o drama vivenciado por Mathilda será restrito às telas de cinema.
VictorHLB
No filme “O Profissional”, de 1994, a personagem Mathilda deixa de ir à escola repetidas vezes em razão de conviver em um ambiente familiar conflituoso. Fora da ficção, muitas crianças e adolescentes brasileiros também abandonam os estudos, de forma que, a evasão escolar constitui-se como uma problemática crucial a ser amenizada. Nesse sentido, não só a carência de condições financeiras, mas também o modelo educacional arcaico são fatores que precisam ser discutidos para reverter esse cenário.
A princípio, cabe ressaltar que a vulnerabilidade social resulta na necessidade dos jovens substituírem os estudos pelo trabalho [1] para contribuírem na renda familiar. Sob essa perspectiva, o educador Paulo Freire desenvolveu o neologismo “empoderamento” para referir-se ao poder transformador da educação, a qual é uma ferramenta imprescindível para a melhoria das condições de vida dos grupos oprimidos. No entanto, tal população desamparada é incapaz de desfrutar do benefício citado, uma vez que os estudos perdem prioridade devido à indispensabilidade que a atividade laboral assume em um contexto de extrema pobreza. Com base nisso, oferecer condições econômicas dignas às famílias é um passo fundamental para suspender essa conjuntura preocupante.
Outrossim, as formas de ensino adotadas pelas instituições não são compatíveis com a sociedade hodierna, criando, assim, um ambiente de aversão para os jovens. Acerca disso, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, a Modernidade Sólida foi substituída por uma Líquida – caracterizada por constantes mudanças e por um excesso de informações que comprometem a capacidade de concentração. Nesse viés, as escolas não acompanharam essas transformações sociais: continuaram como entidades “sólidas”, as quais tornaram-se incapazes de manter o interesse dos indivíduos com o uso de métodos rígidos e ultrapassados. Dessa forma, adaptar as instituições de ensino ao contexto atual é necessário.
Portanto, a fim de proporcionar locais de aprendizagem atrativos, urge que o Ministério da Educação [2] realize reformas na Lei de Bases e Diretrizes da educação (3) nacional, mediante a adoção de táticas de ensino condizentes com a realidade da juventude, tais como: inserção de tecnologias, flexibilização de horários e formas mais eficazes de testar o conhecimento dos alunos. Somado a isso, o Governo Federal (4) deve disponibilizar auxílios financeiros aos estudantes de famílias vulneráveis, para evitar que os jovens saiam das escolas para trabalhar. Com essas medidas, o drama vivenciado por Mathilda será restrito às telas de cinema.
1 – *Vírgula
2 – *(MEC)
3 – *(LDB)
4 – *(GOV)
[ Sua redação ficou quase perfeita, quase não há erros.
Mas, cite sempre a sigla do órgão após escreve-lo !. ]
evaristacunha2
Olá.
Eu particularmente gostei da sua redação. Vou fazer uma análise mais teórica, ainda não sou totalmente qualificada para atribuir as notas de acordo com as competências.
Enfim, sua redação é muito rica e diversificada na questão dos repertórios. Isso vai proporcionar ótimos pontos.
Gostei muito do fato de usar um sociólogo para dar embasamento a sua tese. Não percebi erros ortográficos e a sua estrutura do texto está ótima, evidenciando que você preparou um esqueleto de texto para a sua produção. Continue praticando.