No livro “Utopia” do filósofo Thomas More é retratado uma sociedade alternativa, em que todos são vistos de maneira igualitária. Contudo, a obra literária difere-se da realidade brasileira, uma vez que o estigma associado às doenças mentais se faz presente apresentando-se influenciador da exclusão social. Logo, torna-se necessário analisar os fatores contribuintes de tal conjuntura, como: a naturalização desse comportamento na sociedade aliada a ineficiência estatal.
Em primeira análise, é válido ressaltar que a naturalização do estigma no corpo social contribui para perpetuação da problemática. Visto que, Segundo a filósofa Hannah Arendt o pior mal é o corriqueiro, cotidiano, pois a sociedade enxerga como algo normal. Dessa maneira, a coletividade convive com comentários ofensivos acerca de pessoas que precisam de ajuda psicológica, o que não é visto de maneira pejorativa devido a banalização desse mal. Assim sendo, esse comportamento dificulta que as pessoas procurem o auxílio necessário por vergonha e medo.
Em segunda análise, é lícito postular que a negligência do Estado para combater a problemática colabora para perpetuação desse cenário. Pois, sendo o responsável por garantir o bem-estar da população apresenta escassez de políticas públicas voltadas para erradicação do preconceito para com as doenças mentais. Essa situação, é exemplificada pelo escritor Gilberto Dimenstein na expressão “cidadão de papel”,em que as leis são válidas apenas na teoria por falta de cumprimento e expressividade. Desse modo, a sociedade não engaja-se para resolução da situação e as pessoas são excluídas do convívio social sem o amparo que necessitam.
Mediante o exposto, é perceptível que o estigma associado às doenças mentais é um desafio que necessita ser superado. Nesse sentido, é preciso que o Governo federal aliado ao Ministério da Saúde, crie campanhas e projetos, por meio de mídias sociais e digitais a respeito da saúde mental, visando extinguir com o preconceito e incentivar o tratamento. Além disso, é ideal que o mesmo agente por intermédio das instituições de ensino promova pesquisas acerca das doenças mentais e estenda essa iniciativa as comunidades, para que todos saibam da importância do cuidado e evitem estigmatizar. Assim, o retratado por Thomas more será realidade na sociedade brasileira.
Laysalacerda
Olá, sua redação está articulada, dentro do tema, porém há algumas ressalvas. Não há dois operadores argumentativos interparágrafos, o que pode te penalizar dependendo do corretor. Cuidado no uso de Utopia nessa redação, um dos problemas é achar que todo mundo é perfeito e suprimir os fora da curvas. Afora isso, texto muito bom. Lembre-se do detalhamento na conclusão.
C1: 200
C2: 180
C3: 200
C4: 180
C5: 180
Ace
Primeiramente, parabéns pelo seu desempenho nesta redação! O português está bom, sua bagagem cultural aparenta ser cheia e o você desenvolveu bem os argumentos, e conectou todos até o final do texto, na conclusão, conseguindo assim uma redação bem coesa e fluída. A única parte que me incomodou muito foi o início do segundo parágrafo:
“Em primeira análise, é válido ressaltar que a naturalização do estigma no corpo social contribui para perpetuação da problemática. Visto que, Segundo a filósofa Hannah Arendt o pior mal é o corriqueiro, cotidiano, pois a sociedade enxerga como algo normal.”
Por muito eu fiquei empacada no “visto que”, porque não entendi direito o que você quis dizer. “Visto que” é uma locução conjuntiva, ou seja, conecta duas orações. Portanto, essa parte do texto melhoraria muito se você não os dividisse em duas frases distintas. Aqui está uma sugestão de mudança, na qual tomei a liberdade de alterar outros erros pequenos:
Em primeira análise, é válido ressaltar que a naturalização do estigma no corpo social contribui para a perpetuação da problemática, visto que, segundo a filósofa Hannah Arendt, o pior mal é o corriqueiro, pois a sociedade o enxerga como norma.
(obs.: troquei “algo normal” por “norma” porque não é aconselhável usar termos como “algo”, “coisa”, etc., quando pode-se substituí-los por uma palavra mais objetiva e clara. Nesses momentos em que você precisa usar seu vocabulário para passar sua mensagem da melhor forma possível.)
Além disso, a última parte do primeiro parágrafo
” como: a naturalização desse comportamento na sociedade aliada a ineficiência estatal.”
Neste caso, não há necessidade de empregar os dois pontos, a oração está boa sem ela. Há modos de usá-los efetivamente, talvez cortando o “como”:
“[…] os fatores contribuintes de tal conjuntura: a naturalização desse comportamento na sociedade aliada a ineficiência estatal.”
Todas as reescritas são sugestões, e eu lhe encorajo a refletir nos pontos citados e pensar em como você resolveria esses problemas ao seu modo.
Espero que minha correção tenha ajudado, desejo-lhe boa sorte, bons estudos, e não esqueça de continuar escrevendo e estudando!
Nicoli
Você teve um redação impecável
Parabéns
900++
Corrige a minha por favor ,estou procurando quem entende de redação igual vc
Tema do enem 2020- estigma sobre as doenças mentais
Segundo a Lei da Inércia, de Newton, um corpo tende a permanecer parado quando nenhuma força é exercida sobre ele. Fora da Física, é possível perceber uma analogia em relação à questão das doenças mentais, que segue sem uma intervenção que a resolva. Além disso, o conceito da palavra estigma remete ao preconceito. Sobre isso, convém ressaltar que é comum verificar o preconceito associado à questão das doenças mentais na sociedade brasileira. Por isso, é necessário analisar as causas do preconceito que cerca a questão e que acaba gerando depressão.
Sob esse viés, é válido apontar o estigma como um dos agravantes da problemática. A Constituição federal assegura, a todos os cidadãos brasileiros, o direito à saúde. Contudo, por conta do preconceito atrelado ao tema, muitos brasileiros deixam de procurar ajuda profissional quando necessitam e acabam sofrendo. Esse cenário supracitado é lamentável.
Ademais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 11,5 milhões de brasileiros possuem depressão. Sob essa perspectiva, vale destacar o poder que as redes sociais têm sobre o idealismo popular. De acordo com o criador da Apple, Steve Jobs, “A tecnologia move o mundo.” Dessa forma, revela-se a influência que as mídias têm sobre os ideais da população. Esse quadro nefasto precisa, urgentemente, de medidas interventivas.
Depreende-se, portanto, que o Ministério da Saúde – órgão responsável por gerenciar a saúde no Brasil – deve, por meio dos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), promover mais ações para que brasileiros com saúde mental prejudicada possam ter acesso à assistência de qualidade, a fim de que doenças como depressão, transtorno bipolar e outras doenças mentais se tornem menos frequentes na população. Além disso, como Oscar Wilde disse, “A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa.” Por isso, a mídia deve criar campanhas para reduzir o estigma sobre a temática, com o fito de amenizar o impasse. Assim, findará a inércia sobre a questão.
Moses1000
Muito boa a sua redação.
O que eu mais vi de erros foram na competência 1, mas sua redaão está muito boa e argumentada.
Competência 1: 160 pontos: erros gramáticais.
Competência 2: 200 pontos;
Competência 3: 200 pontos;
Competência 4: 160 pontos; Conectivo sendo usados sem utilidade.
Compet:encia 5: 200 pontos;
Nota: 920 pontos