Envelhecimento da população brasileira: Novos desafios.

A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, assegura a dignidade e os direitos de todo corpo social brasileiro. Em controvérsia, tal garantia não tem se firmado com clareza no que concerne aos desafios enfrentados pela população sênior verde e amarela. Frente a isso, faz-se imperiosa a análise dos fatores que corroboram com essas adversidades, seja a exclusão digital dos idosos, seja o abandono parental.

Primordialmente, é preciso apontar a exclusão tecnológica como impasse na resolução desses problemas. Acerca disso, o pesquisador Pierre Lévy concluiu – “Toda tecnologia cria seus excluídos”. Sob essa ótica, os anciãos perecem por não ter consciência do uso da Internet, devido à falta de empatia de algum familiar que o possa ajudar e pela ineficácia de programas inclusivos. Assim, golpistas e aproveitadores abusam de crimes cibernético pela ingenuidade dos antigos. Dessa forma, o debate sobre esse fato é relevante.

Ademais,vale ressaltar a indiferença doméstica como impulsionadora desse quadro. À luz dessa lógica, o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua obra “Modernidade Líquida”, definiu as relações sociais como frágeis, maleáveis e fugazes, tal qual os líquidos. Isso porque, a parcela mais velha tem, em muitas vezes, carência de cuidados e paciência dos parentes, porém, essa realidade vivida é encarada de forma angustiante, a qual ultrapassa a essência da humanidade da família,o que contribui para o desleixo do idoso. Finalmente, urge a intervenção devida sobre esse panorama.

Depreende-se, portanto, a indigência de caminhos para erradicar tal óbice. Para isso, é imprescindível que o Governo Federal, órgão executivo incumbido de instituir políticas públicas, por intermédio dos Ministérios da Cidadania e Público,  no dever de assegurar o bem jurídico, crie programas inclusivos e auxiliares à população idosa no âmbito digital,  além de agravar punições e efetivar leis que condenem atos de abandono do idoso, a fim de cessar esse imbróglio. Quiçá, assim, se consolidará uma sociedade consciente, a qual desfrutará dos seus princípios, tal como afirma a Carta Magna.

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