A atual Constituição Federal brasileira garante de forma incontestável o direito à educação, pois reconhece que este é essencial para o progresso de uma sociedade. É perceptível que, com o passar dos anos, os métodos para promover o acesso à educação evoluíram, principalmente com a eclosão da era tecnológica, a qual proporcionou o surgimento do modelo EAD (ensino à distância). Atualmente, esse modelo ganhou bastante destaque, pois, com a paralisação escolar, em razão da doença COVID-19, muitos professores optaram por repassar seus conteúdos de forma online. Entretanto, tem-se encontrado desafios referentes à promoção desse tipo de ensino durante esse período, como: a falta de acesso por parte de alguns estudantes às mídias digitais e a procrastinação daqueles que têm acesso, mas não seguem a rotina de estudos.
Em primeiro plano, evidencia-se que o não contato de alguns alunos com aparelhos midiáticos, a exemplo celulares e computadores, configura-se como um entrave a ser superado. Nesse sentido, a desigualdade social, outrora enfatizada por Karl Marx, em virtude do capitalismo, corrobora para essa problemática, uma vez que estudantes, principalmente da rede pública, os quais se encontram em situação de vulnerabilidade social, não têm condições de adquirir tais aparelhos que possibilitam acesso às aulas online. Desse modo, é lícito ressaltar que o governo, nesse contexto, tem certa culpa, pois, além de não ofertar a todos, sem exceção, direitos básicos como saúde e alimentação, prescritos constitucionalmente, este também não oferta meios pelos quais estudantes, sobretudo de baixa renda, possam usufruir de uma educação democrática, igualitária e de qualidade, independente de qualquer situação.
Ademais, a falta de disciplina por parte de alguns estudantes, o que acaba levando-os a procrastinar nos estudos, por meio das aulas online, também configura-se como um desafio a ser discutido. Segundo Chico Buarque, ” As pessoas têm medo de mudanças”, de fato ele está certo, pois, tal pensamento, tem muita relação com o momento que os estudantes estão vivenciando atualmente, tendo que se adaptar aos novos métodos para continuar os estudos, fato que os leva muitas vezes a procrastinar. Dessa forma, faz-se necessário medidas para resolver a questão.
Compreende-se, portanto, que um posicionamento maior das autoridades competentes referentes a este cenário, seria de grande contribuição. Logo, as escolas, devem por meio de um levantamento detalhado do total de estudantes que não têm acesso a aparelhos tecnológicos e tampouco acesso à internet para acompanhar os conteúdos de forma online, disponibilizar materiais impressos semanalmente e visitas domiciliares por parte dos professores, de maneira que estes alunos possam acompanhar os conteúdos e realizar as avaliações no conforto de suas residências sem a dependência tecnológica. Ademais, anexado a esses materiais disponibilizados deverão ter mensagens motivacionais, de modo a evitar que tanto alunos que tenham acesso virtual, quanto os que tiverem acesso impresso pensem em procrastinar nos estudos. Nesse sentido, o intuito de tal medida será garantir o prosseguimento das atividades curriculares mesmo em tempos de paralisação escolar
IsadoraGoulart
Oi João Victor,gostei bastante da sua redação,você usou fatos e fez alusões históricas bastante interessantes,como a exemplo de Karl marx e Chico buarque, além disso podemos perceber uma proposta de intervenção bastante válida,em que se pode evidenciar os agentes(os professores que levarão as atividades a casa dos alunos), as ações ( que é o próprio ato de ter um material impresso para estudar em casa),os meios (no caso como será promovida a ação e novamente é por meio dos professores em conjunto com a escola) e os objetivos (dar assistência a alunos que não tem condições de acesso a internet e aparelhos eletrônicos para que os mesmos possam possuir as mesmas condições de estudos que os estudantes que tem acesso possuem)
JCJardim
Imagino que a redação seja para o ENEM…Quanto a estrutura/construção da redação, eu achei muito boa. Está bem estruturada e bem escrita. Eu não achei nenhum erro de português não…
Quanto ao final, não sei exatamente se é avaliado ou não “a ideia” de intervenção, mas eu particularmente achei meio inviável essa proposta de visita domiciliar dos professores aos alunos… imagina uma sala que tem 40 alunos e nenhum tem acesso a internet. O professor teria que ir a cada um dos alunos? Levando em conta também que os professores costumam lecionar em mais de uma sala e mais de uma escola…Seriam muitos alunos pra poucos professores. É mais fácil ir pra escola logo né. Fora que quebraria o conceito de isolamento… E talvez imprimir materiais semanalmente em todas as escolas também não seja tão simples quanto parece…mas enfim, em geral, achei bom!!
Jubs
Olá.
– Redação muito bem estruturada, com bom repertório sociocultural e adequação à norma culta.
-Não encontrei erros em questão de técnica.
– Cuidado com a repetição da palavra “fato”;
– Ótima diversificação dos recursos coesivos;
– Proposta de intervenção bem plausível, com todos os elementos essenciais;
– Preocupo-me um pouco quanto ao tamanho do texto, claro que não dá para eu dizer que este texto é inviável dentro de 30 linhas pois não sei o tamanho de sua letra.
– Mesmo com uso de períodos longos você conseguiu deixar as ideias bem explícitas;
Notas:
c1: 180 >> pela repetição de palavras
c2: 200
c3: 200
c4: 200
c5: 200
total = 980
Parabéns pelo texto!!