Ensino a Distância: Facilitando o acesso ao ensino ou apenas ao diploma?

Os cursos EAD (Ensino a Distância) já são realidade entre os estudantes brasileiros. Desde antes da pandemia do novo coronavírus, esta modalidade vinha galgando seu espaço e neste momento demonstrou que veio para ficar. Entretanto, junto com a certeza de que o ensino presencial não é mais unanimidade, também é possível observar uma questão: o aprendizado online oferece um ensino de qualidade equiparável ao presencial?

Que esta nova forma de estudos aproxima a população – principalmente periférica – a sua primeira qualificação profissional é impossível negar, mas segundo jovens estudantes de jornalismo em uma faculdade de Salvador, a qualidade tende a decair. Segundo Osvaldo Barreto, estudante de jornalismo, vários atrativos deixaram de serem oferecidos após a mudança de seu curso de presencial para online, como laboratórios de rádio, televisão e fotografia. Isso faz com que os futuros comunicadores saiam de seus respectivos cursos sem uma experiência real e prática.

Outro ponto relevante a ser notabilizado é o de que um professor pode dar aulas à um número ilimitado de alunos, isso ocasiona uma desaproximação na relação aprendiz/mestre, dificultando, assim, os pré-bacharéis a sanarem suas dúvidas.

Por conta estes contrapontos, esta dubiedade sempre estará presente na cabeça de estudantes de todo o país enquanto a única preocupação das universidades for alojar o máximo de clientes com o mínimo de funcionários. Perante esta visão, cabe ao Ministério Público e ao Ministério da Educação cobrar, ao menos, uma diminuição do número de alunos por professor e um acréscimo nos cursos semipresenciais, cujos quais contam com uma maior atenção em suas aulas práticas.