ENERGIA E SUSTENTABILIDADE NO BRASIL: DESAFIOS NA DIVERSIFICAÇÃO DA MATRIZ ENERGÉTICA

Na música “Sobradinho”, da banda brasileira Sá e Guarabira, é feito um protesto contra a degradação da natureza e o descaso com os povos que lá habitavam. Em passagens como “Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar”, é possível traçar um paralelo com a situação que o Brasil vive há tempos, como o descaso com as populações originárias. Ademais, entre os diversos motivos para que situações como esta ocorram, encontra-se a construção das hidrelétricas em diversas localidades do Brasil, que são a principal fonte de produção, mas que podem resultar diversos problemas. Vemos, portanto, que é necessário repensar nosso modo de usar energia.

Primeiramente, é importante ressaltarmos que as hidrelétricas são a principal matriz energética brasileira, porém apresentam alguns problemas. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, a energia hídrica é responsável por cerca de 60% da energia consumida no Brasil. Isto mostra que dependemos muito desta fonte, e uma mudança neste viés deveria ser analisada a longo prazo, evitando grandes impactos. Outrossim, vemos que tal matriz enérgica é renovável, mas isto não significa que não sejam causados impactos. Neste viés, podemos analisar a questão social, como é o caso da luta do povo Munduruku, que tenta evitar a construção da Hidrelétrica do Tapajós próximo ao seu território, que resultaria no alagamento parcial do mesmo. Neste sentido, podemos também analisar problemas ambientais de se construir uma usina hídrica, como o desmatamento da região e a morte dos peixes que lá viviam. Portanto, se faz necessário a diversificação planejada dos recursos enérgicos brasileiros.

Assim sendo, medidas precisam ser tomadas para resolver o problema e sanar tais questões. O Poder Executivo, por meio do Ministério da Integração Nacional e o apoio de empresas privadas, deve realizar a construção de usinas eólicas e solares, em maior parte nas regiões periféricas do país, principalmente no Nordeste, por ser uma localidade propícia para geração de energia renovável. Ademais, os custos para construção desta usinas seria dividido com a iniciativa privada, porém com controle estatal. Através disto, ocorrerá a diminuição da exploração dos rios, de modo a gerar energia mais limpa, além de trazer empregos para as populações que habitam a localidade. Por meio de medidas como esta, poderemos viver uma realidade diferente da música “Sobradinho”.