(ENEM) – A questão da maternidade solo na sociedade brasileira

No filme “Star Wars – A Ameaça Fantasma” a mãe de Anakin cuida dele, sozinha em um deserto, tendo que se submeter a ser escrava para conseguir se sustentar e a seu filho. Fora da ficção, esse acontecimento reflete a sociedade brasileira atual, em que mães solo, ou passam o dia fora, ou ficam sem trabalho e consequentemente sem alimento e, sem uma rede de apoio, acabam trazendo problemas psicológicos para sí mesmas e seus filhos.

Constata-se, a princípio, que o Brasil passa pelo problema de não amparo á maternidade solo há muito tempo. Cuidar, educar e ensinar uma criança não é uma tarefa fácil, mas, somada a responsabilidade de trazer renda sozinha para casa, acaba se tornando quase impossível. Além disso, muitas mães contam com uma rede de apoio de amigos e parentes para ajuda-las, mas outras, não, o que acarreta crianças o dia todo, sozinhas ou na creche, sem amparo familiar.

Ressalta-se, ademais, que a criação dessas crianças pode ser comprometida e a saúde mental delas, e de suas mães, também. Passar pelos pesares da maternidade sozinha pode acarretar estresse, depressão e ansiedade, e na criança, a falta da imagem paterna somada a mãe que passa o dia fora acaba trazendo consequências extremamente graves, e infelizmente, vista por muitos como comum, mas como dito pelo pensador Jiddu Krishnamurti “Não é sinal de saúde estar bem-adaptado a uma sociedade doente”.

Portanto, tendo em vista os problemas citados acima, o Ministério da mulher, da família e dos direitos humanos deve levar a câmara dos deputados o projeto de uma lei para criação de redes de apoio para mães sem uma, por meio de cestas básicas, materiais escolares para os filhos e doações de roupas em pontos estratégicos, além de acompanhamento psicológico gratuito para que, assim, a mãe se sinta amparada e possa se concentrar em cuidar do seu filho e que a maternidade solo traga apenas prazeres para a mulher e seu filho.