O filósofo brasileiro Raimundo Teixeira, em 1889, adaptou o lema positivista “Ordem e Progresso” não só para a Bandeira Nacional, mas também para a nação que, no contexto hodierno, enfrenta significativos estorvos para o seu desenvolvimento. Lamentavelmente, entre eles, a falta do acesso democrático ao cinema representa uma antítese à máxima do símbolo pátrio, uma vez que resulta na desordem e no retrocesso do desenvolvimento social. Esse lastimável panorama é calcado na inoperância estatal e na alienação social.
De início, há de se constatar a débil ação do poder público enquanto mantenedora da problemática. Acerca disso, o filósofo Thomas Hobbes, no livro “Leviatã”, defende a incumbência do Estado em propiciar meios que auxiliem o progresso da coletividade. As autoridades, contudo, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que possuem um papel inerte na inexistência da democratização do acesso ao ambiente cinematográfico. Esse cenário decorre do fato de que uma parcela dos representantes governamentais, ao se orientar por um viés individualista, negligencia a conservação de direitos sociais indispensáveis, como a criação de políticas públicas eficazes que visem garantir a entrada ao cinema principalmente para cidadãos que não conseguem pagar pelos ingressos de alto custo. Logo, é notório que a omissão do Estado perpetua a problemática no Brasil.
Por conseguinte, uma grande parcela da população se mostra alienada. De acordo com o site Meio e Mensagem, 83% da população brasileira não frequenta o cinema. Partindo de tal pressuposto, percebe-se que a democratização do acesso à experiência cinematográfica encontra um forte alicerce na estagnação social. Essa situação ocorre porque, infelizmente, a sociedade não se movimenta em prol da erradicação dessa problemática, pelo contrário, ela adquire uma posição egocêntrica por não mensurar como a falta da entrada democrática ao cinema acarreta na impossibilidade de apreciar a arte cultural retratada nas telas. Portanto, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Fica evidente, portanto, a necessidade de garantir o acesso ao cinema para todos no Brasil. Destarte, o Governo Federal, responsável por administrar o povo e os interesses públicos, com o apoio da Agência Nacional do Cinema, a partir de medidas governamentais destinadas à pasta, deve disponibilizar benefícios financeiros sociais para cidadãos que não tenham como pagar a retirada de ingressos no cinema. Essa ação será realizada com o intuito de custear a experiência nesse ambiente cultural importante, para que também, a sociedade não naturalize a intolerância que a permeia. Dessa maneira, com a conjuntura de tais ações, os brasileiros verão a ordem e o progresso referidos na Bandeira Nacional.
Choclet
Olá, boa tarde! Não sou especialista ou professora, mas vou tentar corrigir sua redação.
– Introdução: Excelente introdução, contando com todos os elementos necessários (Contexto/repertório + tema + tese)
– D1: ótimos repertórios, só senti falta de um ponto de vista mais prático sobre o assunto pois, por exemplo, você disse que faltam políticas públicas que resolvam o problema mas não sugeriu que políticas poderiam ser essas. Isso acaba deixando seu argumento um pouco vago, o que fica menos convincente do que frases mais direcionais.
– D2: adorei o argumento, fugiu do óbvio.
– Conclusão: Achei seu tópico frasal um pouco desconexo com o resto do texto já que em nenhum momento você fala da importância do acesso ao cinema em si. Além disso, sua proposta de intervenção ficou um pouco fraca e óbvia, tipo, você disse no D2 que a problemática é desprezada pela população, então, qual seria a garantia de que se o governo desse um benefício financeiro para as famílias, ele seria gasto em ingressos para o cinema? Você poderia ter desenvolvido melhor isso, como dizer que teria um cartão, parecido com o do SUS, para as famílias acessarem o cinema. Ademais, tinha outras soluções menos óbvias do que o apoio financeiro em si, como a promoção de festivais de cinema gratuitos ou campanhas de conscientização que incentivassem as pessoas a ir em sessões cinematográficas.
~ Geral: Você escreve bem e com propriedade, porém, recomendo cuidar a repetição de palavras e o uso de conectivos, que acabou ficando um pouco enredado. Por fim, apenas toma cuidado para não acabar usando seus repertórios para “encher linguiça” no texto, pois, apesar de você conseguir os 200 pontos na C3, acaba perdendo eles na C2.
~ Boa sorte no dia 13 ♡♡♡
ssabrynalima
Olá, gostei muito do seu texto, espero que minhas observações ajudem. Parabéns e continue escrevendo :)
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INTRODUÇÃO:
O filósofo brasileiro Raimundo Teixeira, em 1889, adaptou o lema positivista “Ordem e Progresso” não só para a Bandeira Nacional, mas também para a nação que, no contexto hodierno, enfrenta significativos estorvos para o seu desenvolvimento. Lamentavelmente, entre eles, a falta do acesso democrático ao cinema representa uma antítese à máxima do símbolo pátrio, uma vez que resulta na desordem e no retrocesso do desenvolvimento social. Esse lastimável panorama é calcado na inoperância estatal e na alienação social. [1]
[1] Introdução excelente! Tese bem explícita e tema bem contextualizado. Não identifiquei desvios gramaticais.
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D1
De início, há de se constatar a débil ação do poder público enquanto mantenedora da problemática. Acerca disso, o filósofo Thomas Hobbes, no livro “Leviatã”, defende a incumbência do Estado em propiciar meios que auxiliem o progresso da coletividade. As autoridades, contudo, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que [2] possuem um papel inerte na inexistência da democratização do acesso ao ambiente cinematográfico. Esse cenário decorre do fato de que uma parcela dos representantes governamentais, ao se orientar por um viés individualista, negligencia a conservação de direitos sociais indispensáveis, como a criação de políticas públicas eficazes que visem garantir a entrada ao cinema principalmente para cidadãos que não conseguem pagar pelos ingressos de alto custo. Logo, é notório que a omissão do Estado perpetua a problemática no Brasil. [3]
[2] Busque substituir o “uma vez que”, pois você já usou anteriormente.
[3] Gostei muito da argumentação.
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D2:
Por conseguinte, uma grande parcela da população se mostra alienada. [4] De acordo com o site Meio e Mensagem, 83% da população brasileira não frequenta o cinema. Partindo de tal pressuposto, percebe-se que a democratização do acesso à experiência cinematográfica encontra um forte alicerce na estagnação social. Essa situação ocorre porque, infelizmente, a sociedade não se movimenta em prol da erradicação dessa problemática, pelo contrário, ela adquire uma posição egocêntrica por não mensurar como a falta da entrada democrática ao cinema acarreta na [5] impossibilidade de apreciar a arte cultural retratada nas telas. Portanto, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar. [6]
[4] Insira um conectivo.
[5] Reveja a regência desse verbo.
[6] Argumentação bem desenvolvida.
OBS: Na minha opinião, sua argumentação nesse parágrafo está um pouco superficial. Acho que você poderia ter usado outro argumento que não fosse a alienação da população, afinal, o acesso à cultura engloba aspectos sociais, como a infraestrutura ou mesmo o financeiro, e não apenas “se mobilizar para mudar a problemática”.
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CONCLUSÃO:
Fica evidente, portanto, a necessidade de garantir o acesso ao cinema para todos no Brasil. Destarte, o Governo Federal, responsável por administrar o povo e os interesses públicos, com o apoio da Agência Nacional do Cinema, a partir de medidas governamentais destinadas à pasta, deve disponibilizar benefícios financeiros sociais para cidadãos que não tenham como pagar a retirada de ingressos no cinema. Essa ação será realizada com o intuito de custear a experiência nesse ambiente cultural importante, para que também, a sociedade não naturalize a intolerância que a permeia. Dessa maneira, com a conjuntura de tais ações, os brasileiros verão a ordem e o progresso referidos na Bandeira Nacional. [7]
[7] Excelente proposta.
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NOTAS POR COMPETÊNCIA:
[1] 200
[2] 200
[3] 160 ou 200
[4] 160
[5] 200
Total: Varia de 920 a 960