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Enem 2004: Como Garantir a Liberdade de Informação e Evitar Abusos Nos Meios de Comunicação?

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No livro “A liberdade”, o filósofo utilitarista John Stuart destaca que o direito constitucional que intitula a obra não é absoluto, mas sim um princípio que, quando mal utilizado, pode servir de pretexto para a redução do livre-arbítrio do outro. Comum à literatura, a liberdade de informação se apresenta como uma prerrogativa ainda muito debatida, em especial a sua influência em relação aos abusos propagados nos meios de comunicação. Destarte, em virtude da falta de uma legislação mais rígida e destinada à gerência desses setores, a problemática persiste.

A priori, faz-se necessário referenciar o governo do gaúcho Getúlio Vargas, no qual foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), um mecanismo legal que visava difundir os feitos do Estado e induzir um nacionalismo ufanista na sociedade da época. Atualmente, mesmo após a dissolução desse órgão, os cidadãos brasileiros ainda são alvos de diversas atividades desempenhadas pela imprensa, como a publicidade infantil, um conjunto de propagandas destinadas ao público mirim e transmitida em horários estratégicos, que objetiva a venda de produtos dos anunciantes, influenciando um consumismo prematuro. Assim, com a manutenção do cenário hediondo, inicia-se um processo de alienação, restringindo-se a liberdade dos indivíduos.

Consequentemente, a carência de regulamentação dos setores de comunicação pode resultar em contextos alarmantes. A exemplo disso, em 2015 houve o chamado “Massacre de Charlie Hebdo”, episódio em que alguns cartunistas de um jornal francês – que comumente publicava quadrinhos de cunho pejorativo referentes às religiões islãs – foram alvos de um ataque terrorista do grupo extremista Al-Qaeda. Baseando-se nesse infortuno evento, percebe-se como a falta de normas que preconizem o limite das produções midiáticas se reflete diretamente na ocorrência desse acontecimento no continente europeu.

Portanto, frente à problemática exposta, faz-se necessária a aplicação de medidas que visem a sua mitigação. Inicialmente, o Congresso Nacional deverá trabalhar na elaboração de um conjunto de leis que regulem as atividades dos setores de comunicação, instaurando regras à transmissão de propagandas e condenando atos de caráter intolerante e preconceituoso. Essa ação deverá ser feita em parceria com o Ministério das Comunicações, a partir de verbas públicas, com a finalidade de prevenir os abusos nos espaços de mídia e garantir a liberdade de informação sem ferir os direitos humanos. Logo, impondo um legislação à imprensa brasileira, espera-se evitar a redução do livre-arbítrio dos cidadãos, tal como discutido por John Stuart.

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2 Correções

  1. Oláaa, bom dia, boa tarde ou boa noite!
    (vi que já fizeram uma correção detalhada sobre a sua redação e eu discordo um tanto, essa redação merecia mais… mas, sem comentários.) (por isso vou apenas pontuar algumas coisas mais visíveis).

    VISÃO GERAL: Sobre os repertórios, nenhum deixou a desejar foram todos pertinentes e bem desenvolvidos, como os corretores gostam. Outro ponto é que sua escrita está ótima, parabéns para isso também.

    Então, acredito que você poderia ter deixado as teses mais claras na introdução, muitas vezes a gente quer ser o próprio Machado de Assis e deixar tudo impecável, mas, a gente só precisa seguir a vibe do texto e deixar o mais claro possível para o leitor/corretor, o famoso “não complica, faz o fácil”. Por exemplo, eu entendi e, claramente, que suas teses são sobre a manipulação e a falta de regulamentação, porém, isso não ficou claro na introdução.

    (É APENAS ISTO, e no mais você escreve muito bem eu já vi uma correção sua na redação de outra pessoa, e percebi que você já deve entender bastante sobre redações, então, não tenho muito o que te falar sobre e não vou atribuir uma nota, pois, isso é muito relativo aqui, o importante mesmo é ir moldando as arestas, vendo onde está errando e concertando isso, pq plataformas assim quando alguém nos atribui uma nota subjetiva, ou amacia o ego ou baixa a autoestima, então né…).
    ABRAÇO E OBRIGADO.

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  2. Bom a sua redação está bem escrita em termos gramaticais, porém parece que cada parágrafo fala sobre um assunto diferente não tem ligamento entre as ideias, uma dica e sempre elaborar um projeto de texto e fazer com que os dois tópicos frasais da d1 e d2 se complementem e cheguem a um objetivo final. Outro ponto, deixe claro ao corretor o tópico frasal(ideia central do parágrafo ou texto) da d1 e d2,uma dica é coloca-lo após a conjunção inicial do parágrafo, e depois relacionada/efetiva-la com um repertório sociocultural e mostrar como os dois se relacionam. Outro ponto, o seu texto ficou mais expositivo que argumentativo, numa redação modelo Enem no desenvolvimento mostre a ideia centra+ repertório + a ligação dele+ o fator/ causa que empecilha no resolução ou acarreta no problema mostrando assim sua opinião em terceira pessoa sobre o assunto e por fim concluir a ideia nos parágrafos de desenvolvimento. Uma dica na introdução mostre ao corretor o que vai ser abordado na d1 e d2.

    c1: erros: grupo extremista , Al-Qaeda ; “uma legislação” e dica palavras estrangeiras devem estar entre aspas como “priori”. 200 ( apresentou só 2 desvios)
    c2: 200 (entendeu o tema)
    c3: 80 ( falhou no projeto de texto , o texto não guia o leitor e os repertórios não ligam entre si e com a ideia central)
    c4:120 ( uso de conectivos regular , faltou mais coesão dentro do texto)
    c5: 200 ( intervenção completa)
    nota: 800

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