Efeitos da falta de educação econômica do cidadão brasileiro. OBS: *com nota, por favor*

 A terceira revolução industrial, em meados do século XX, foi um período marcado pela alta instigação ao consumo devido às inovações tecnológicas na produção. Sob essa óptica, o capitalismo levou à necessidade de estudos econômicos básicos para entender e conviver em sociedade. Contudo, a educação econômica faz-se ausente na vida dos cidadãos brasileiros, o que é lamentável. Destarte, é imprescindível analisar as causas e consequências dessa chaga social.

 A princípio, é oportuno entender os fatores responsáveis pelo descontrole financeiro. A Constituição Federal de 1988, com base nos Direitos Humanos, assegura o direito à educação. No entanto,  na realidade brasileira, os conhecimentos da área econômica são limitados, visto que as escolas tratam dos juros simples e compostos, mas deixam de cobrar assuntos mais completos e direcionados sobre gastos, investimentos e poupanças. Nessa conjuntura, a inadimplência da base educacional com o fornecimento de conhecimentos no viés econômico compromete diretamente a administração de renda dos brasileiros.

 Outrossim, vale salientar os efeitos advindos com a falta da didática econômica. No filme, “A procura da felicidade”, retrata o investimento falho do personagem em máquinas de uso medicinal que o fez perder muito dinheiro e falir. Nessa conjuntura, é fato que a realidade apresentada relaciona-se com o panorama do século XXI, na qual, os cidadãos não sabem manusear seus recursos da forma correta, o que contribui no acúmulo de dívidas. Tal desconhecimento do mercado econômico está presente em 67% dos brasileiros, segundo o IBGE. Com isso, arremata-se a capacitação na base educacional econômica para formação de indivíduos cientes dos riscos monetários em meio ao cenário capitalista.

 Portanto, é mister que o MEC, em parceria com especialistas das várias áreas da economia, realize dinâmicas e mecanismos educativos relativos à economia, de modo a criar e vigorar a matéria de “Gestão Econômica” na Base Nacional Comum curricular (BNCC) – em escolas públicas e privadas do país – a fim de formar cidadãos providos de conhecimentos monetários necessários para a ascensão na vida. Dessa forma, não será um problema lidar com os ideais consumistas da terceira revolução industrial.