Educação e Tecnologia

Desde o início da Revolução Técnico-Científico-Informacional, as tecnologias começaram a ultrapassar as barreiras de uso militar e industrial e passaram a, gradualmente, fazer parte do cotidiano da população. Já nos primeiros anos do século XXI, coisas inimagináveis décadas atrás, como smartphones e computadores portáteis, são comuns. Inevitavelmente, a tecnologia também atingiu a educação e já reflete suas influências nos ambientes escolares e na relação professor-aluno.

Em primeiro plano, o advento tecnológico atingiu as famílias e relações interpessoais, facilitando o contato com parentes distantes, por exemplo. Contudo, quase duas décadas depois, grande parte das crianças e adolescentes possuem acesso irrestrito à internet, dedicando horas do seu dia a jogos online, uso de redes sociais e vídeos de entretenimento. Apesar da enorme mudança comportamental, o corpo humano continua a funcionar da mesma forma que há 20 anos, e a quantidade demasiada de dopamina liberada no cérebro pelo uso contínuo de tecnologia segue sendo prejudicial, uma vez que diminiu a concentração e a vontade de realizar tarefas pouco prazerosas, como estudar e ler.

Além disso, a tentativa de muitos países desenvolvidos de incluir a tecnologia nas salas de aula, disponibilizando um laptop por aluno, se mostrou ineficaz para o aprendizado. É o que mostra a ação do governo americano ao retirar os aparelhos das salas de aula no ano de 2007. Partindo desse ponto de vista, fica claro que crianças e adolescentes não possuem o discernimento necessário para extrair apenas benefícios de seu acesso à tecnologia. Por outro lado, pais, professores e adultos responsáveis, podem ser um meio seguro pelo qual o aluno a usa. Ademais, a internet pode ser usada a favor dos professores e profissionais da educação, possibilitando cursos à distância.

Dessa maneira, é necessário que o advento tecnológico seja utilizado em prol dos alunos e com a supervisão dos professores. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com as Secretarias Estaduais de Educação, promover, por intermédio da plataforma do Inep, cursos voltados aos profissionais da educação básica, a fim de que aprendam como exercer o uso correto dessa ferramenta, beneficiando a relação professor-aluno e aumentando o aprendizado. Assim, a Revolução Técnico-Científico-Informacional será melhor aproveitada pelas instituições de ensino e pelos cidadãos que ali se desenvolvem.