As principais manchetes do mundo noticiaram a calamidade pública que instalou-se por meio de uma nova espécie de vírus: o COVID-19. Com a implementação de medidas protetivas, que visavam retardar o avanço da doença, a fim de que o menor número de pessoas pudessem perecer diante do problema, setores econômicos, sociais e culturais tiveram suas atividades interrompidas. David Harvey disse que a “crise da pandemia” deveria proporcionar a reação de reclusão da população global. Entretanto, os discursos proclamados pelos indivíduos em quarentena é de profunda preocupação com o setor econômico. O dinheiro precisa de movimentação. E este se mostrou tão importante quanto à vida. Dessa forma, este texto pretende mitigar o que torna soberano a ideia mercado, como condição à liberdade humana.
A super valorização do setor econômico como princípio da racionalidade para todas as outras áreas da vida não é uma situação recente. Von Mises, desde meados de 1920, apresentava que os indivíduos deveriam, se estes quisessem emancipar-se financeiramente dentro do sistema da competitividade capitalista, pensar no campo social e cultural a partir da racionalidade matemática. Este homo oeconomicus, termo que Foucault usa para descrever este novo sujeito, traz à existência um olhar em que o lucro é ontológico a liberdade.
Neste espectro, torna-se possível a compreensão de tantas pessoas, vestidas com trajes nacionalistas, pedirem, em meio à medidas protetivas, a volta da atividade econômica. “Os pobres sofrerão com a quarentena”, noticiava o G1 a fala de manifestantes em Brasília, que outrora testemunhou outros discursos conservadores. Com a redução de políticas sociais pela implementação do neoliberalismo como forma de governar, graças à austeridade, o único interesse objetivo da retoma natural do fluxo do capital são ditados pelos grandes empresários, que, por meio deste sistema, controla o discurso, o tempo e espaço. A verificação de tamanhos problemas, não somente pela “crise da pandemia”, mas pela subjetividade que insiste em reproduzir o pensamento empírico, como fonte de todas as soluções, manifestam aquilo que o Ricardo Antunes chama de a condição do “privilégio da servidão na era contemporânea”.
A solução possível para mudar esse comportamento racionalizado pelo império subjetivo da economia é através da educação, de Estado. O Ministério da Educação, por meio de parcerias com as universidades, deve adequar o ensino público, do fundamental ao médio, para introduzir conteúdos nas ciências humanas que reforcem a importância do setor público e dos valores invioláveis da democracia como forma de preservar o bem-estar social. Da mesma forma, a secretaria da cultura deve financiar a produção de propagandas que serão exibidas em mídias digitais e sociais, que preguem a necessidade do protecionismo na preservação inalienável do direito à vida dos cidadãos.
rosapamelasantos@gmail.com
Ola, boa tarde!
Na minha mera opinião de estudante, sua redação esta muito boa.
Você escreve muito bem, ótimo tema abordado e bom desenvolvimento, além do domínio da norma culta e a fácil compreensão do leitor relacionado ao tema.
A conclusão corresponde as exigências pedidas no Enem!
Parabéns, continue assim!!!! :)
Mylena Ramos
após falar do que os indivíduos estavam pensando sobre o setor econômico o dinheiro precisa de movimentação devia estar dps de dois pontos.
sua redação está muito boa, mas visando a estrutura da redação do Enem, ela está faltando conectivos ao iniciar os desenvolvimentos e a estrutura dos parágrafos também ,como tópico frasal argumentação e ,ao fim, expor a opinião da pessoa . também a conclusão , está meio que com duas propostas, sendo que uma é o suficiente, estando completa com os cinco elementos que nela deve conter.
comp 1: 200
comp 2: 200
comp 3: 100
comp 4: 140
comp 5: 120