Em sua obra “O preço da liberdade”, a escritora britânica Sally Grindley narra o cotidiano e a história de uma menina condenada ao trabalho escravo em uma fábrica chinesa. De modo análogo à situação abordada pela escritora, pode-se observar que a realidade de muitas crianças brasileiras não é diferente, uma vez que o agravamento da desigualdade socioeconômica entre as famílias se reflete no respectivo tratamento dado às crianças, que muitas vezes se submetem a condições degradantes devido o reflexo de sua vulnerabilidade social, o que conduz a um complexo debate acerca da infância em suas diversas abrangências.
Em primeiro plano, convém ressaltar que não basta repensar a situação das inúmeras crianças brasileiras marginalizadas, visto que em momentos anteriores, ninguém sequer pensou em como reverter o instável quadro da infância. Contudo, em uma perspectiva histórica, pode-se observar que nas sociedades indígenas anteriores à colonização do Brasil, a educação das crianças não era considerada uma responsabilidade individual dos pais, mas sim uma obrigação de toda a comunidade, posto que o investimento de qualidade por meio da educação, simbolizava a esperança, o futuro e o progresso moral e situacional da tribo. Do mesmo modo, e para além da educação, urge o investimento em saúde e segurança e direitos das crianças no Brasil contemporâneo.
Além disso, estatísticas apontadas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 2009, indicam que no Brasil, mais de dois milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos são vítimas de trabalho infantil. Tais dados demonstram o descaso com a infância, que é relegada ao segundo plano em prol de um sistema econômico cuja característica central é a exclusão social. Outrossim, evidencia-se que os impactos físicos e psicológicos do trabalho precoce persistem por toda a vida do indivíduo, sendo a consequência da falta de alcance da Lei que deveria, em tese, assegurar a dignidade e o bem-estar da criança, ao impedir a violação de seus direitos fundamentais. Ademais, fatores como origem familiar, etnia, e condição financeira, devem ser levados em consideração ao analisar os percalços da infância no Brasil
Diante de uma conjuntura de negligências em relação à integridade das crianças brasileiras, e da falta de políticas públicas às populações socialmente desassistidas, é imprescindível que prefeituras e órgãos municipais atuem em consonância com o Ministério da Educação para efetivar a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em escolas públicas e seus arredores, por meio de investimentos na educação de amplo alcance e de incentivos às famílias que enviam suas crianças para a escola. Assim, com o intuito de proporcionar às crianças e adolescentes uma melhor perspectiva de vida, será possível garantir um novo olhar voltado às questões da infância, (re)pensando diferentes possibilidades de encaminhar o futuro da nação.
Gabriel0101
Você não expôs suas teses na introdução. Dito isso, você desenvolveu-as muito bem, com poucos erros gramáticais. Entretanto os que ocorrem incomodam como em: urge o investimento em saúde e segurança e direitos das crianças no Brasil contemporâneo, evite a repetição de palavras, como apresentado em “saúde E segurança E direito das crianças”. Tal frase poderia facilmente ser reescrita com um vírgula após saúde. Procure detalhar pelo menos 1 dos outros 4 elementos presentes na conclusão e evite períodos longos;
C1: 160
C2: 200
C3: 200
C4: 200
C5: 160
Nota: 920
Você escreve muito bem. Algumas dicas: antes de revisar o texto sempre espere algumas horas (obv, se você tiver tempo, no Enem não terá, mas com a prática vc nem precisará mais disso), para que assim, a sua mente saia do modo de escritor e passe a se considerar um leitor, tendo mais exito na correção. E procure sempre detlhar, pelo menos 1 dos elementos na comclusão
struturaandre
Boa noite. Excelente redação ao meu ver.
Segue abaixo estatística e nota.
> Erros: 6
Entre eles:
…urge o investimento em saúde e segurança e direitos das crianças no Brasil contemporâneo.
…os percalços da infância no Brasil ()
Dados:
> Confusão de palavras: 0 (0.00%)
> Erros de contração: 0 (0.00%)
> Erros ortográficos: 0 (0.00%)
> Problemas de estilo: 0 (0.00%)
> Clichês: 0 (0.00%)
> Erros gramaticais: 1 (16.67%)
> Erros de pontuação: 2 (33.33%)
> Redundâncias: 2 (33.33%)
> Erros de repetição: 0 (0.00%)
> Erros sintáticos: 0 (0.00%)
> Erros de tipografia: 1 (16.67%)
NOTA 920.
Ilovebungostrayd
Ok, começando pela introducão, esta deve expor brevemente o problema e iniciar uma tese (ou opinião), que você desenvolverá no resto do texto. A sua introdução falha parcialmente em fazer isso já que não dá um panorama geral da situação da infância brasileira, e tampouco sugere uma tese. ” De modo análogo à situação abordada pela escritora, pode-se observar que a realidade de muitas crianças brasileiras não é diferente, uma vez que o agravamento da desigualdade socioeconômica entre as famílias se reflete no respectivo tratamento dado às crianças, que muitas vezes se submetem a condições degradantes devido o reflexo de sua vulnerabilidade social, o que conduz a um complexo debate acerca da infância em suas diversas abrangências.” Perceba quantas vírgulas há em apenas uma frase. Extraia várias frases dessa frase longa substituindo as vírgulas por pontos finais.
“[…]devido o reflexo[…]” preposição + artigo, torna-se AO. Devido AO reflexo.
“Além disso, estatísticas apontadas […]”
Não comece parágrafos com além disso, pois não está claro além do que. Resgate a fala anterior em vez disso. Por exemplo” além das complicações socioeconômicas […]”
“[…]falta de políticas públicas às populações socialmente desassistidas[…]”
Não convém o uso de “às” imediatamente após “políticas públicas”. Utilize “falta de políticas públicas DIRECIONADAS […]”
Conclusão muito pouco detalhada. Especificar de que modo será feito, para onde irão os investimentos e quais serão os agentes.
Acredito que sua redação poderia receber entre 650 e 800 no enem.