No longa “A Cinco Passos de Você” é apresentada a vida de um casal que convive com fibrose cística, uma doença que causa o acúmulo de muco nos pulmões. O caso da personagem Stella, por ser mais grave, faz com que ela tenha que aguardar na fila para receber um transplante, situação que não difere da realidade atual brasileira. Porém, a negativa familiar em permitir a doação e a escassez de informação sobre o processo acarretam a constante espera que por vezes não acontece devido a desconfiança e a falta de solidariedade.
Em primeira análise, vale salientar que as recusa da família é um dos principais fatores que impedem a realização das colaborações. Assim, a falta de informação e conhecimento sobre a morte encefálica, única situação em que a doação é permitida e que acontece quando há uma lesão na cabeça e o cérebro para de funcionar, geram a desconfiança na família que acaba por não aceitar. Ademais, das mais de 6.000 mil famílias entrevistadas, houveram quase 3.000 negativas no ano de 2018, segundo dados do Ministério da Saúde. Deixando claro que há ainda um déficit de informação muito amplo e que impede o salvamento de muitas vidas que aguardam na lista de espera.
Em segundo plano, a escassez de informação para a população por parte do governo sobre o processo de doação gera desconfiança. Dessa maneira, por não haver um debate sólido sobre o tema, as permissões para a colaboração são cada vez mais negadas e a solidariedade extinta. Ademais, segundo o teórico Roman Kznaric, a empatia é um antídoto, todavia, ela não pode ser posta em prática nessas situação por não haver conhecimento suficiente da importância e de quantas vidas poderão ser salvas com as contribuições. Evidenciando assim, que por não conhecerem os métodos para que ocorra o transplante, os familiares negam-se a permitir a realização do processo em seus falecidos parentes.
Diante dos fatos supracitados, é inegável que as doações são impedidas devido a negligência estatal em propagar informações sobre os processos. Dessa forma, faz-se necessário que essa pauta seja mais explorada em escolas e campanhas públicas nos meios midiáticos mediante ações governamentais visando informar a população sobre o processo para que não haja medo e suspeita. Em suma, é válido que a permissão de doação feita por vontade própria ainda em vida seja analisada de forma mais ampla pelo Senado Federal, para que o possível doador já deixe claro a sua decisão para ajudar pessoas que assim como Stella aguardam pelo tão sonhado órgão.
Thamirysbds
Vc escreve muito bem!! O texto está muito bem estruturado, o uso de conectivos ajudou bastante na coerência e foram muito bem utilizados. Senti falta da vírgula em algumas passagens e acredito que “as recusa” na primeira linha do 2° parágrafo tenha sido apenas um errinho de digitação rsrs… Você utilizou de várias áreas do conhecimento, o que enriqueceu bastante seu texto. Na conclusão vc deu uma retomada a introdução, o que ajudou bastante! Parabéns pela redação! Nota: 920! bjs!
Brunamb_
Parabéns!! Sua redação está bem estruturada e coesa, você trouxe informações de diferentes áreas que enriqueceram o seu texto, apresenta bons argumentos e um bom desenvolvimento dos mesmos. A conclusão também está boa, mas o período ficou muito longo em “Dessa forma, faz-se necessário…”; acho que após a parte ” visando informar a população sobre o processo para que não haja medo e suspeita” você deveria abordar o tema, para deixar claro, medo e suspeita de quê ? E no próximo período mudar o substantivo doação para um sinônimo, para que não ficasse repetido.