Desvalorização do professor no Brasil

Gregório de Matos, poeta luso-brasileiro, ficou conhecido como “boca do inferno”, por denunciar, de maneira ácida, os problemas que assolavam o século XVII. Talvez hoje, ao se deparar com a desvalorização do professor na sociedade brasileira, o autor produziria críticas a respeito, uma vez que o entrave precisa ser mitigado no âmbito social. Dessa forma, é válido salientar que essa realidade é fruto do baixo salário e rotinas desgastantes.
Sob esse viés, é lícito postular a baixa remuneração como impulsionadora desse revés, pois os profissionais da educação recebem um salário que em tese não é suficiente para as suas necessidades básicas, isso retrata-se em um dos episódios da novela Carrossel onde a professora Helena necessita trocar a escola de apenas um turno por outra de período integral com o intuito de ajudar sua família. Além disto, diversas pessoas optam por outras carreiras devido a profissão de docente não oferecer um salário compatível ao nível da complexidade do serviço, isto evidencia a diminuição do número de professores na sociedade brasileira.
Ademais, outro fator a salientar é a alta carga horária presente no cotidiano dos educadores, que tem por consequência o desencadeamento de doenças ligadas ao estresse, como a síndrome de Burnout, esta doença é capaz de prejudicar a vida desses profissionais e caso não seja tratada, pode causar incapacitação no trabalho. Além de que, as grandes cargas horárias impedem que estes profissionais tenham uma vida social.
Sendo assim, medidas são necessárias para atenuar essa questão. Logo, o Governo Federal deverá aumentar o salário dos professores baseando-se na complexidade do serviço, com a intenção de aumentar o número desses profissionais na sociedade brasileira. Além de que, o Ministério da Educação juntamente com a escola devem promover uma reforma nas cargas horárias dos professores, para que sejam bem distribuídos os horários para cada docente, a fim de prevenir as doenças ocasionadas por uma elevada quantidade de trabalho.