Desvalorização do idoso na sociedade contemporânea

O filósofo francês Jean Paul Sartre defende que cabe ao ser humano escolher seu modo de agir, pois este seria livre e responsável. No entanto, percebe-se a irresponsabilidade da sociedade no que concerne à questão da valorização do idoso. Nesse contexto, observa-se que tal situação reflete um cenário desafiador, intensificado tanto pela má influência midiática quanto pela lacuna educacional.

Em primeiro lugar, nota-se que a forte presença das mídias sociais no Brasil é um impasse latente no problema. Sob esse enfoque, o sociólogo Pierre Bordieu explica que o que foi criado para ser instrumento de democracia não deve ser convertido em mecanismo de opressão. Porém, é evidente que a mídia, em vez de promover debates que elevem o nível de informação da população, muitas vezes influencia na disseminação da visão estereotipada a respeito do idoso na sociedade contemporânea. Dessa forma, infelizmente, essas pessoas permanecem excluídas do meio social.

Além disso, a omissão educacional é outro fator preocupante. A esse respeito, o filósofo Immanuel Kant disserta que o ser humano torna-se aquilo que a educação faz dele. Contudo, percebe-se que, no Brasil, muitas vezes as escolas carecem da abordagem e debate no que tange à importância dos idosos para a sociedade, configurando-se um terrível retrocesso ao país, haja vista ampla participação dos idosos na renda familiar, por exemplo. Desse modo, é de estrema necessidade educar corretamente os indivíduos.

Portanto, faz-se imprescindível intervir nessa problemática. Nesse sentido, cabe ao MEC divulgar palestras informativas, nas redes sociais do próprio ministério e nas escolas, por meio de entrevistas com especialistas das mais diversas áreas do conhecimento, como economistas e psicólogos, a fim de promover a valorização do idoso na sociedade. Em paralelo, espera-se extinguir o preconceito da sociedade para com os idosos e, assim, torná-la mais responsável.