Desmatamento: um fruto da omissão governamental

Tema: Desastres ambientais, causas e consequências

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, não são as crises que mudam o mundo, mas sim as reações a elas. Sob tal ótica, diante dos desastres ambientai que vem a ocorrer hodiernamente, é notório que o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora a falta de fiscalização e, como efeito, emerge o desmatamento da vegetação do país. Logo, faz-se mister a análise dessa conjuntura com objetivo de incentivar reações positivas defronte à problemática.

Em primeiro lugar, é axiomático como a ausência de supervisão das normas legais contribuem para a perenização desse quadro deletério. Consoante às informações de Liberato Póvoa, ex-desembargador, o Brasil já quase alcança a margem de 200 mil leis, de forma a evidenciar que o problema não é a falta de normas, mas sim a execução e controle destas. Destarte, fica claro que um panorama aonde o brasileiro viva a ausência da degeneração dos recursos naturais, ainda não é uma realidade plena.

Torna-se irrefutável, em segundo lugar, a íntima relação da degradação da flora brasileira com a causa supracitada. Conforme à plataforma Correio Braziliense, apenas em 2020, o Brasil regrediu intensamente seu avanço no controle do desmatamento, que vinha caindo ano após ano. À luz dessa perspectiva, é inaceitável que um país que abrigue a maior bacia hidrográfica do mundo, a Amazônica, tenha que se submeter a situações tão degradantes em relação à natureza. Assim, sendo mister a implementação de medidas com o fito de mitigar esse imbróglio.

Depreende-se, portanto, que há a premência de ações com o objetivo de liquidar esse impasse. Para isso, cabe ao Ministério da Educação e Cultura, por intermédio da alteração na Base Nacional Comum Curricular, adicionar a disciplina de Educação Ambiental, a qual visará lecionar, desde a tenra idade, a importância do meio ambiente, de forma a incentivar as cobranças realizadas ao governo a fim de manter a preservação da natureza. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.