Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil

Desde o descobrimento do Brasil, em 1500, as mulheres são taxadas com inferioridade e incapacidade no âmbito trabalhista, sofrendo diversas consequências – como a extrema invisibilização de suas profissões. Paralelamente ao fato, percebe-se que o fato ainda afeta a sociedade hodierna, uma vez que os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil vêm sendo amplamente discutidos, configurando um grave problema social. Isso se deve, principalmente, à omissão social e à insuficiência legislativa.

Diante desse cenário, observa-se que a extrema omissão social é um fator que dificulta a resolução do empecilho. Nesse viés, conforme o sociólogo Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que conhecer o contexto em que está inserido, ou seja, enquanto a população desconhecer a realização do trabalho de cuidado pela mulher no Brasil, o engajamento coletivo acerca do reconhecimento ao assunto não terá efeito, preservando a invisibilidade das mulheres nesse trabalho e dificultando o caminho para um país mais justo. Assim, se a omissão social persistir, o problema se agravará.

Ademais, a insuficiência legislativa também é um obstáculo para a solução do problema. Sob essa ótica, segundo a Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, todos são iguais perante a lei – garantindo a igualdade de gênero, por exemplo. Entretanto, nota-se que tal garantia é negligenciada, pois a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher provém de uma grave exclusão social provocada pelo Estado que, logo, é adotada pela coletividade também, infringindo direitos básicos das mulheres – como a igualdade de gênero. Assim, se a insuficiência legislativa persistir, as mulheres continuarão sendo invisibilizadas no amplo cenário nacional.

Portanto, diante da problemática, faz-se necessária a adoção de medidas urgentes para erradicar o contratempo. O Estado deve efetuar a criação de palestras em praças públicas e instituições de ensino, por meio do direcionamento de verbas públicas, a fim de diminuir a extrema omissão social. Tal ação será divulgada na internet – forte hipermídia e contará com a participação de mulheres invisibilizadas no trabalho de cuidado para gerar comoção. Desse modo, naturalmente a coletividade cobrará a eficácia das leis. Dessa maneira, a persistência do conflito vivenciado desde o descobrimento do Brasil, em 1500, não continuará afetando o país e as mulheres terão seus devidos direitos.