“Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”

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“O amor por princípio, a ordem por base, e o progresso por fim.” Esse lema
positivista, formulado pelo filósofo francês Auguste Comte, inspirou a frase política
“Ordem e progresso” exposta na célebre bandeira nacional. No entanto, o cenário
desafiador vivenciado no Brasil representa uma antítese à máxima do símbolo pátria
uma vez que as mulheres que realizam trabalho de cuidado sofrem com a
invisibilidade da atividade. Desse modo, não só a negligência do estado, como
também a falta de empatia – Reflexo do individualismo – solidificam tal maleza.

A princípio, é interessante pontuar que a negligência do estado é uma das causas do
problema no país. De acordo com a constituição federal de 1988, o acesso a
escolaridade e ao lazer são direitos sociais. Nesse sentido, imagina-se que os
jovens têm seus direitos assegurados por lei. Entretanto, infelizmente, o Estado não
atua em defesa do ponto de vista coletivo previsto constitucionalmente, já que
segundo o IBGE, 12% do tempo gasto na semana são direcionados ao trabalho de
cuidado não remunerado, privando jovens de se dedicarem a outras atividades.
Portanto, é inadmissível a ineficácia do governo em não defender as garantias
básicas da população verde-amarela.

Na obra “Modernidade líquida”, Bauman defende que a pós-modernidade é
fortemente influenciada pelo individualismo. Além disso, a problemática encontra
terra fértil no individualismo e na falta de empatia, o corpo social parece enxergar as
mulheres como objetos de reprodução da vida, mantendo um sistema patriarcal que
obriga as mulheres a cuidarem do lar e das pessoas ao seus arredores desde muito
novas, sem se colocarem no lugar delas. Assim, essa liquidez que influi sobre a
invisibilidade do trabalho funciona como um forte empecilho para resolução.

Portanto, são necessarias medidas capazes de democratizar o acesso do trabalho
de cuidado a quem precisa e combater o trabalho infantil. Para isso, é imprescindível
que o ministério do trabalho, por intermédio de um projeto de lei entregue a camara
dos deputados, mutem famílias que tenham jovens submetidos a trabalho de
cuidado, e o ministério público promova a criação de ONG’s especializadas em
cuidados. Assim, será consolidada uma sociedade em que o Estado desempenha
corretamente seu papel social, bem como o Brasil andará rumo a ordem e ao
progresso como afirmamos em nossa bandeira.

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4 Correções

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  2. Acredito ser vantajoso expor minha análise do texto, Gustavo, para contribuir com nosso entendimento da escrita.

    De maneira geral, ou seja, abordando o texto como uma unidade textual e, em particular, da modalidade escrita formal de uma dissertação argumentativa, o texto não desempenha o papel prometido. Isso pois, a redação foge do tema proposto ao não atender corretamente à palavra chave “Mulher” e, além do mais, foge do próprio ponto de vista apresentado na introdução. Além disso, veja que os parágrafos não estão formando um só texto com um objetivo claro, pois eles não têm coesão e coerência entre si, uma vez que, falta elementos de conjunção adequados para isto e, não obstante, as ideias são apresentadas de maneira individual.

    Essa primeira análise, se trabalhada, já contribuirá muito para que suas próximas escritas tenham saltos progressivos. Mas, para ajudá-lo ainda mais, segue algumas anotações individuais da redação:

    1º Parágrafo: “Desse modo, não só a negligência do estado, como
    também a falta de empatia – Reflexo do individualismo – solidificam tal maleza.”

    Observação: “Desse modo” não está desempenhando o papel desejado. Vou reescrever o parágrafo para melhor compreensão. Note que as alterações estão entre colchetes:

    ” “O amor por princípio, a ordem por base, e o progresso por fim.” Esse lema
    positivista, formulado pelo filósofo francês Auguste Comte, inspirou a frase política
    “Ordem e progresso” exposta na célebre bandeira nacional. No entanto, o cenário
    desafiador vivenciado no Brasil representa uma antítese à máxima do [emblema da pátria,]
    uma vez que[ , ] as mulheres que realizam trabalho de cuidado sofrem com a
    invisibilidade da atividade. [ Isso pois], não só a negligência do estado, como
    também a falta de empatia – Reflexo do individualismo – solidificam tal maleza. [ Portanto, cabe analisar tal problemática.]”

    2º Parágrafo:

    “A princípio, é interessante pontuar [ o porquê] da negligência do estado ser uma das causas do
    problema no país”
    “De acordo com a constituição federal de 1988 [*Contituição Federal], o acesso a [*o acesso à]
    escolaridade e ao lazer são direitos sociais. ”

    “Nesse sentido, imagina-se que os
    jovens têm seus direitos assegurados por lei” [Portanto, é fato constitucional que os jovens têm seus direitos resguardados pela lei] (Não é momento de imaginar, isso é um texto formal; ademais, o texto apresenta fuga ao tema MULHER.)

    3º Parágrafo:

    “Na obra “Modernidade líquida”, Bauman defende que a pós-modernidade é
    fortemente influenciada pelo individualismo” ( Não há articulação com o parágrafo anterior)
    “Além disso, a problemática encontra
    terra fértil no individualismo e na falta de empatia, o corpo social parece enxergar [substitua por: “o corpo social trata”] as
    mulheres como objetos de reprodução da vida, mantendo um sistema patriarcal que
    obriga as mulheres a cuidarem do lar e das pessoas ao seus arredores desde muito
    novas, sem se colocarem [colocar] no lugar delas” (Não é uma modalidade de texto para suposições pessoais)

    “Portanto, são necessarias [*necessárias] medidas capazes de democratizar o acesso do trabalho
    de cuidado a quem precisa e combater o trabalho infantil. “(fuga ao tema)

    ºPara isso, é imprescindível
    que o ministério do trabalho [*Ministério do Trabalho], por intermédio de um projeto de lei entregue a camara
    dos deputados [*entregue à Câmara dos Deputados], mutem famílias que tenham jovens submetidos a trabalho de
    cuidado, e o ministério público promova a criação de ONG’s especializadas em
    cuidados. (fuga ao tema)

    Essas são minhas anotações, espero fortemente ter acrescentado no seu desenvolvimento de escrita.

    Bons estudos!

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  3. Olá. Vou corrigir sua redação por cada tópico.

    introdução: é uma introdução boa, mas é preciso ficar atentar-se a alguns detalhes. No trecho”No entanto, o cenário
    desafiador vivenciado no Brasil representa uma antítese à máxima do símbolo pátria uma vez que as mulheres que realizam trabalho de cuidado sofrem com a invisibilidade da atividade.” falta a vírgula no fim da palavra pátria. Também não é necessário iniciar as palavras com maiúscula, como no trecho “Reflexo do individualismo”.

    Desenvolvimento; gostei da sua argumentação, repertórios bem embasados, só acho q no D1 vc poderia incluir somente um repertório, para q o paragrafo não ficasse muito inchado.

    Conclusão: ótima proposta de intervenção, porém com pequenos erros: foi escrito mutar ao invés de multar e a palavra necessárias está sem acentuação no a.

    Mas de resto seu texto está bom.

    C1: 120
    C2: 200
    C3: 200
    C4: 200
    C5: 200

    Total: 920

    Continue se dedicando, vc pode tudo

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