Desafios para manter o equilíbrio emocional diante situações de isolamento

No filme “Cisne Negro”, a bailarina Nina recebe o papel principal da maior peça de ballet da escola em que dança, florescendo nela uma obsessão pela personagem que a leva a um aprisionamento mental. Nessa situação, adicionada cárcere social, é visível que uma pessoa sob pressão emocional e compromissória tende a criar desvios emocionais que a torne mais vulnerável, tanto psicologicamente como mentalmente. Diante disso, deve-se debater os desafios da interrupção do contato social e a falta de instrução da sociedade, que levam ao desequilíbrio emocional em situações de isolamento.

Sob tal viés, é necessário destacar que antes do conceito de sociedade atual existir, a espécie humana já se organizava e se encontrava em grupos minoritários que facilitavam a sobrevivência de seus indivíduos. Dessa forma, segundo o livro, Sapiens, do escritor israelense Yuval Harari, o Homo sapiens usou da sociabilidade para a criação de laços afetivos e comunicativos que o tirou da situação de isolamento em que se encontrava profundamente depressivo. Sendo assim, é de se esperar que uma pessoa em situação de privação social, caminhe os mesmos passos que o ancestral da humanidade caminhava antes de sua socialização.

Além disso, mesmo que a sociedade atualmente tenha apresentado uma evolução em relação aos grupos pré-existentes a ela, sua falta de concepção sobre os problemas que o cárcere pode inferir sobre o indivíduo é visível. Segundo o filósofo polonês, Zygmut Bauman, os tempos modernos estão cada vez mais líquidos e rasos, não possibilitando o aprofundamento das relações. Assim, casos como o da personagem Nina passam desapercebidos aos olhos sociais, uma vez que os indivíduos descartam a possibilidade de desequilíbrios emocionais, ocasionados pelo processo de isolamento, os afetarem.

Portanto, os desafios para a manutenção do equilíbrio emocional em isolamento social devem ser superados. A saúde mental das pessoas precisa ser fortalecida e respeitada. Para isso, o Governo, precisa, por meio da união do Ministério da Saúde e da Anatel, criar políticas públicas que visem levar, com a colaboração de profissionais da área da psicologia, consultas pelos aparelhos de telefone para a avaliação mental do indivíduo prestando assistência ao mesmo. Logo, será possível atenuar os empecilhos para o auto controle emocional em meio ao isolamento.