Desafios para inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

Segundo a teórica alemã Hannah Arendt, a essência dos Direitos Humanos é o direito a tê-los, porém, essa ideia da Arendt vai de encontro no que tange inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, visto que isso está sendo um problema no Brasil. Sob esse prisma, em razão da lacuna legislativa e preconceito por parte não somente das empresas contratantes mas também pela sociedade, emerge um desafio complexo que precisa ser revertido.

A príncipio, por causa da insuficiênia legislativa, se perpetua a exclusão de portadores de necessidades especiais no mundo profissional. De acordo com a lei de cotas para deficientes, as empresas com 100 ou mais funcionários tenham entre 2% e 5% dos trabalhadores deles, entretanto, o que consta nos dados do IBGE é que apenas 0,9% representam os servidores com PcD no Brasil. Assim, percebe-se que essa lei é garantida apenas no papel, pois na prática não é bem o que acontece.

Ademais, muitas vezes o preconceito interfere na resolução da questão. Conforme o filósofo e linguista Umberto Eco, para ser tolerante é preciso fixar os limites do intolerável, por esse ângulo, para não ser instaurada a lógica da discriminação e a exclusão social é preciso que a sociedade saibam como ter uma convivência saudável com pessoas especiais, uma vez que, constantemente o que é visto no meio social é totalmente ao contrário.

Portanto, em virtude do possicionamento assumido, a problemática descrita precisa ser resolvida. O Ministério da Educação em parceria com o poder executivo deve realizar campanhas conscientizadoras e maximizar a fiscalização de contratação de PcD, isso poderá ser feito por meio de postagens sobre o assunto nas redes socias e liberação de verbas, com a finalidade de inserir as pessoas especiais no mercado de trabalho. Logo, é bem provável que a lei de cotas seja garantidas na prática.