Desafios para diminuir o desperdício de alimentos no Brasil

“Pão nosso de cada dia”, essa citação muito popular entre o povo brasileiro é baseado na oração da Bíblia – livro mais vendido do mundo – em que tal frase tem um sentido essencial  para a manutenção vital do ser humano. No cenário nacional, existem vários entraves para estancar o aumento  do desperdício alimentício, frutos do sistema capitalista atual e da negligência institucional.

Em primeiro lugar, verifica-se uma sociedade brasileira altamente consumidora na indústria alimentícia atual. No seriado “Todo Mundo Odeia o Chris”, é retratado em um episódio sobre o Dia de Ações de Graças uma cena de cunho reflexivo, em que o personagem Julius prepara um jantar para os convidados, porém queima, sem intenção, a comida, na qual ele descartaria sem hesitar, até que um mendigo pediu a refeição. Situações análogas a essa ocorrem no Brasil, pois são características maléficas do sistema capitalista, que busca sempre o alto consumo independente de seus impactos sociais. Nesse viés, constata-se o estilo do mercado uma barreira  a ser quebrada para que ocorra menos desperdício, porque a tendência desse tipo de sistema é  o crescimento exponencial do descarte de alimentos que julgam não ser útil.

Ademais, é perceptível que as entidades da sociedade, devido seu poder de influência no Brasil, interferem nos resultados relacionados ao desperdício de alimentos. Segundo o Sociólogo Francês Émile Durkheim, as instituições da sociedade, tais como: igrejas, escolas, famílias entre outras, devem intervir nos problemas presentes, caso contrário, o corpo social entraria em anomia. Diante disso, percebe-se que a ausência de políticas públicas realizadas por instituições são motivações para que tal problema perpetue-se no Brasil. Sob essa ótica, a falta de intervenção dessas corporações relacionada a problemática negligenciam um bom hábito do manuseio e consumo dos alimentos.

Portanto, é necessário, com extrema urgência, combater esses percalços. Por isso, o Estado deve implementar pontos recolhedores de alimentos, por meio de localizações estratégicas em instituições sociais, como escolas, igrejas e outros núcleos comunitários, com o intuito de arrecadar e distribuir os alimentos. Com isso, os desafios seriam reduzidos, acompanhado de uma melhor redistribuição dos alimentos no Brasil, fazendo assim, que cenas como a de Todo Mundo Odeia o Chris sejam raras no âmbito nacional.