Desafios para a valorização da herança africana no Brasil – ENEM 2024

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Segundo Monteiro Lobato, em sua obra “Sítio do pica pau amarelo”, a personagem africana, que era a cozinheira da casa, valorizava suas tradições e crenças e a repassava para os moradores do local. No entanto, ao se analisar a conjuntura brasileira, vê-se uma oposição ao desenho infantil supracitado, pois embora a discussão sobre a valorização da herança africana no Brasil seja necessária, ela não surte efeito fora das telas, não somente pela carência de informação nas escolas, mas também pela negligência governamental.

A princípio, é crucial entender que assuntos como a cultura afro-brasileira não são comentados nas escolas. Parafraseando o famoso físico Albert Einstein, “Uma pessoa é inteligente quando resolve um problema, mas é sábia quando previne”. Infelizmente, a realidade do Brasil se opõe ao cientista sobredito, já que nas redes de ensino a história do povo negro é resumida ao período escravocrata. Tema como a herança dos africanos na história do país não são estudados, o que agrava na desvalorização dessa população.

Ademais, é fato que a insuficiência governamental resulta nessa problemática. Conforme o filósofo inglês Thomas Hobbes, “O Estado é responsável por garantir o bem-estar da população”. Entretanto, tal citação não enquadra na situação brasileira, já que mesmo existindo leis de que todos têm direitos igualitários, essas normas não são aplicadas na realidade, porque parte da história da diversidade do país é ofuscada, desvalorizada e reduzida a submissão do povo branco.

Portanto, fica evidente a necessidade de combater os desafios para valorização da herança africana no Brasil. É necessário que o Governo Federal e o Ministério da Educação em conjunto com a BNCC – Base Nacional que orienta quais são os conteúdos que devem ser apresentados nos livros didáticos – revise os materiais didáticos e certifique de que as tradições e crenças desse povo seja aplicada nas escolas. É preciso também, que em parceria com o Ministério da Cultura, faça palestras nas redes de aprendizagem e campanhas informativas nas mídias sociais para uma maior difusão do assunto. O objetivo final é garantir que a cultura africana seja repassada, tal como a personagem de Monteiro Lobato fazia.

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