A escritora nigeriana Chimamanda Adichie afirma que a mudança do “status quo” é sempre penosa, ou seja, existem paradigmas que rejeitam as transformações necessárias. Sob essa óptica, a desvalorização do legado de matriz africana é uma grave problemática contemporânea no Brasil, enquadrando-se na perspectiva da autora. Esse problema é intensificado devido à inércia governamental e à lacuna educacional, fatores que dificultam a conscientização e a adoção de medidas eficazes.
Em primeira análise, a ineficácia do poder público configura-se como um obstáculo para mitigação da falta de reconhecimento da herança africana. O filósofo Friedrich Hegel defende que o Estado é o pilar fundamental para a organização social, cabendo a ele a promoção do bem coletivo. Entretanto, o governo não tem garantido a efetivação desse dever, visto que a cultura-afro é marginalizada pelos próprios órgãos federativos. Isto é observado através da ausência de políticas públicas especificas voltada ao incentivo de artistas e autores de matriz afrodescendente. Tal silenciamento corrobora para a desinformação e a permanência de um estigma negativo associado ao passado histórico.
Ademais, a insuficiência educacional ratifica a conscientização sobre a valorização da herança de povos africanos. O educador Paulo Freire critica a “educação bancária”, um modelo em que o individuo é visto como um mero receptor de informações, sem incentivar ao pensamento crítico. De forma semelhante, as escolas brasileiras da atualidade apenas ministram superficialmente a disciplina de cultura-afro, recentemente incluída na grade curricular obrigatória, sem estimular, de forma prática e lúdica, o reconhecimento das histórias desse povo, dificultando o entendimento dos alunos e, por consequente, contribuindo para a permanência dessa barreira.
Portanto, o Ministério da Educação, órgão federal responsável pela gestão do ensino, em parceria com as escolas, deve desenvolver um projeto pedagógico sobre valorização do legado africano. Essa medida será efetivada por meio de palestras e oficinas, que devem incluir a exposição de filmes, livros e artes de origem africana, além de dinâmicas sobre essa história. Tais atividades têm o objetivo de atenuar a desvalorização da cultura-afro, bem como fomentar a formação de cidadãos conscientes e críticos. Assim, será possível alcançar a penosa missão de mudar o “status quo”.
Lucas_Oliveira_Martins
Essa redação não é sua, é do Alex Novais Maciel, estudante do Enem de 2023 que tirou nota 1000 na redação. Infelizmente plágio não só desconta como zera sua nota entt…
0/1000
obs: Esse tema foi muito difícil e essa redação é genial! O cara argumentou com tanta maestria que dá até nojo. O cara foi cirúrgico. Mas vc…. Gastou uma redação pra ver no que ia dar, se pá pra ver se era realmente confiável a avaliação do pessoal daqui… É válido seu questionamento, só não é válido seu texto
charliely
A escritora nigeriana Chimamanda Adichie afirma que a mudança do “status quo” é sempre penosa, ou seja, existem paradigmas que rejeitam as transformações necessárias. Sob essa óptica, a desvalorização do legado de matriz africana é uma grave problemática contemporânea no Brasil, enquadrando-se na perspectiva da autora. Esse problema é intensificado devido à inércia governamental e à lacuna educacional, fatores que dificultam a conscientização e a adoção de medidas eficazes.
Em primeira análise, a ineficácia do poder público configura-se como um obstáculo para mitigação da falta de reconhecimento da herança africana. O filósofo Friedrich Hegel defende que o Estado é o pilar fundamental para a organização social, cabendo a ele a promoção do bem coletivo. Entretanto, o governo não tem garantido a efetivação desse dever, visto que a cultura-afro é marginalizada pelos próprios órgãos federativos. Isto é observado através da ausência de políticas públicas especificas voltada ao incentivo de artistas e autores de matriz afrodescendente. Tal silenciamento corrobora para a desinformação e a permanência de um estigma negativo associado ao passado histórico.
Ademais, a insuficiência educacional ratifica a conscientização sobre a valorização da herança de povos africanos. O educador Paulo Freire critica a “educação bancária”, um modelo em que o individuo é visto como um mero receptor de informações, sem incentivar ao pensamento crítico. De forma semelhante, as escolas brasileiras da atualidade apenas ministram superficialmente a disciplina de cultura-afro, recentemente incluída na grade curricular obrigatória, sem estimular, de forma prática e lúdica, o reconhecimento das histórias desse povo, dificultando o entendimento dos alunos e, por consequente, contribuindo para a permanência dessa barreira.
Portanto, o Ministério da Educação, órgão federal responsável pela gestão do ensino, em parceria com as escolas, deve desenvolver um projeto pedagógico sobre valorização do legado africano. Essa medida será efetivada por meio de palestras e oficinas, que devem incluir a exposição de filmes, livros e artes de origem africana, além de dinâmicas sobre essa história. Tais atividades têm o objetivo de atenuar a desvalorização da cultura-afro, bem como fomentar a formação de cidadãos conscientes e críticos. Assim, será possível alcançar a penosa missão de mudar o “status quo”.