Desafios para a inclusão da pessoa autista na sociedade brasileira (deixem nota pfv)

Na notável obra “Utopia” escrita por Thomas More, é retratada uma sociedade padronizada pela ausência de problemas e conflitos sociais. No entanto, a sociedade brasileira vem se mostrando contraditória em relação a mesma descrita pelo livro, em vista que cidadãos portadores de autismo estão sofrendo de forma constante, a exclusão e falta de reconhecimento. Nesse contexto, destacam-se como fatores intensificadores do problema, a falta de infraestrutura pública de apoio e a falta da conscientização da população em relação a inclusão de tais indivíduos.

Em primeira instância, segundo o pensador Thomas Hobbes,” é dever do estado garantir o bem estar da população”. Entretanto, se torna claro que no Brasil isso não ocorre, dado que o total descaso governamental em relação a criação de infraestruturas de apoio a portadores de autismo vem resultando na exclusão e estereotipação, de tais indivíduos. Por conseguinte, se tornando um dos principais fatores agravantes a serem combatidos para que haja a maior inclusão destes mesmos.

Ademais, de acordo com a teoria da modernidade liquida, criada pelo filósofo Zygmunt Bauman, a sociedade está se voltando cada vez mais para o pensamento individual. Seguindo esta linha de pensamento, é visto que tal teoria comprova a atual realidade, onde o pensamento individualista da população gerada principalmente pela falta de conscientização contribui diretamente para a enorme dificuldade da inclusão de portadores de autismo no país. Além do mais, segundo o filósofo alemão, Imanuel Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Seguindo esta lógica, se torna claro que para maior integração dos autistas, será necessário educar toda a população sobre o problema.

Concluindo, conforme o Artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Logo, para fazer jus a tal afirmação, seria necessário que o governo federal aumente os investimentos relacionados à infraestrutura de apoio a portadores de doenças mentais, para proporcionar maior acolhimento a estes mesmos. Além disso, de acordo com o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, “a educação é a arma mais poderosa que pode ser utilizada para mudar o mundo”. A partir deste raciocínio, é totalmente cabível ao Ministério da Educação criar campanhas no âmbito escolar e público, com a finalidade de incentivar a maior inclusão de pessoas portadoras de doenças mentais no meio social. Dessa forma, tornando a sociedade brasileira mais próxima da mesma descrita por Thomas More.