Desafios para a formação educacional de surdos no contexto nacional – ENEM 2017

Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.

De acordo com a Lei 13.146, parágrafo único, é dever do estado, da comunidade escolar, da família e da sociedade garantir uma boa qualidade de educação para com as pessoas com deficiência, salvando-as de qualquer discriminação, violência e negligência. Entretanto, sabe-se que, na conjuntura brasileira contemporânea, nem sempre essa lei é cumprida, tendo em vista a falta de infraestrutura e não adaptação das escolas para acolher as pessoas com deficiência auditiva e a não inclusão dessas pessoas no âmbito profissional.

A princípio, é importante evidenciar a falta de infraestrutura e a não adaptação das escolas como fator relevante para problemática. De acordo com o INEP, de 2011 à 2016, houve um declínio de 5 milhões de matrículas de surdos na educação especial nacional. Tal dado, levanta o seguinte questionamento : “As pessoas com deficiência não querem estudar?”. Sabemos a resposta. É imprescindível notar o declínio estrutural e adaptativo das escolas brasileiras para acolhimento das pessoas surdas, a falta de profissionais capacitados dentro das escolas, a não criação de projetos inclusivos, que permitiriam então que essas pessoas pudessem desfrutar de seu direito. 

Em sequência, é importante relatar a não inclusão das pessoas com deficiência auditiva no âmbito profissional como outro fator, não menos relevante, para os desafios de formação educacional de surdos no Brasil. Para além dos fatos citados, é notório que, além de enfrentar problemas para formação educacional, essas pessoas enfrentam dificuldades na hora de encontrar empregos, que muitas das vezes, não possuem projetos de inclusão. Sabe-se que, existe leis  que garantem, ou deveriam garantir, que as pessoas surdas atuem em âmbitos profissionais, entretanto, a desigualdade persiste dentro da nossa comunidade.

Por isso, é amiudadamente importante a intervenção do Governo Estadual, do Ministério da Educação e da comunidade para impedir que os desafios enfrentados pelos surdos na formação educacional assolem o país. Torna-se necessário que o Governo Estadual desenvolva projetos de melhorias nas escolas públicas, contratando profissionais capacitados para instruir as pessoas com deficiência auditiva dentro do contexto educacional, desenvolvendo e incentivando esse grupo dentro da  comunidade escolar. Ademais, cabe ao Ministério da Educação, avaliar e acompanhar o processo de formação das pessoas surdas, evitando então, o declínio nas matrículas da educação especial, garantindo que esse grupo goze do seu direito. Por fim, é importante a conscientização da comunidade, na adaptação e inclusão dos deficientes no âmbito profissional, não tolerando preconceitos, entendendo e valorizando as diferenças.