Biologicamente falando, a menstruação é um processo natural que ocorre na vida fértil da mulher e é ocasionado pela descamação do útero, resultando em sangramento pelo canal vaginal. Apesar de ser um processo natural que necessita de itens higiênicos, como absorventes, existem mulheres que não têm acesso a tais itens com facilidade, caracterizando a pobreza menstrual. Dessa forma, percebe-se a configuração de um grave problema que tem como principais causas a desigualdade social e a inoperância governamental.
Primeiramente, destacam-se as discrepâncias de renda existentes no Brasil como um complicador do impasse. De acordo com o Índice de Gini, a sociedade brasileira é uma das mais desiguais do mundo, socioeconomicamente falando. Isso se confirma, inclusive, no fato de muitas mulheres, devido sua baixa renda familiar, não terem condições de aderirem nem mesmo itens básicos de alimentação, quem dirá de higiene pessoal. Dessa maneira, é inadmissível que, em pleno século XXI, as mulheres não tenham o direito de passar o seu período menstrual de forma tranquila e higiênica.
Ademais, a negligência estatal também se configura como um complicador do revés. De acordo com Rousseau, filósofo contratualista, cabe ao governo fornecer aos indivíduos condições dignas de sobrevivência. Isso, no entanto, não ocorre na prática, uma vez que a não preocupação do Estado em ofertar, gratuitamente, absorventes para as mulheres, sobretudo estudantes que precisam passar sua maior parte do dia estudando, rompe com o contrato social proposto por esse pensador. Assim, torna-se inaceitável que o Poder Público, através do Sistema Único de Saúde (SUS), continue inerte quanto à pobreza menstrual, distribuindo preservativos gratuitamente aos indivíduos, mas ignorando esse caso específico das mulheres em que não há possibilidade de escolha.
Portanto, medidas urgentes precisam ser tomadas para que os desafios no combate à pobreza menstrual no Brasil sejam superados. Para tanto, o Governo Federal – responsável por manter a ordem e o bem-estar coletivo -, em parceria com o SUS, deve distribuir absorventes gratuitamente àquelas mulheres de baixa renda que não têm condições de adquirir tais itens. Isso deve ocorrer por meio de um mapeamento detalhado das regiões mais pobres socioeconomicamente, com o objetivo de erradicar a pobreza menstrual no país e, consequentemente, fornecer condições dignas de subsistência a esses indivíduos que necessitam dessa ajuda. Feito isso, gradativamente, o povo brasileiro terá seu bem-estar garantido, assim como prevê, inclusive, a Constituição Federal de 1988.
amarquess
olá, irei corrigir sua redação.
para ser sincera, não acho que sua redação precise de grandes correções. como o comentário acima, a sua redação está ótima, mas precisa estar atento à sinais de pontuação e concordância de frases.
acredito que se você melhorar nesse quesito, tem uma nota mil garantida.
liviamoreti
Biologicamente falando, a menstruação é um processo natural que ocorre na vida fértil da mulher e é ocasionado [1] pela descamação do útero, resultando em sangramento pelo canal vaginal. Apesar de ser um processo natural que necessita de itens higiênicos, como absorventes, existem mulheres que não têm acesso a tais itens com facilidade, caracterizando a pobreza menstrual. Dessa forma, percebe-se a configuração de um grave problema que tem como principais causas a desigualdade social e a inoperância governamental.
*Está muito bom esse parágrafo, você deixou o tema e a tese bem claros, além de ter contextualizado o tema com uma breve explicação sobre a menstruação.
[1] o correto seria “ocasionada”, já que faz referência a “menstruação” e não a “processo”.
Primeiramente, destacam-se as discrepâncias de renda existentes no Brasil como um complicador do impasse. De acordo com o Índice de Gini, a sociedade brasileira é uma das mais desiguais do mundo, socioeconomicamente falando. Isso se confirma, inclusive, no fato de muitas mulheres, devido [1] sua baixa renda familiar, não terem condições de aderirem [2] nem mesmo itens básicos de alimentação, quem dirá [3] de higiene pessoal. Dessa maneira, é inadmissível que, em pleno século XXI, as mulheres [4] não tenham o direito de passar o seu período menstrual de forma tranquila e higiênica.
*[1] “Devido” deve ser seguido da preposição “a”; nesse caso, o uso da crase é facultativo;
[2] aderirem nem mesmo A itens básicos (verbo transitivo indireto). OBS: creio que o verbo “aderir” não fez muito sentido nesse contexto, o melhor seria substituir por “adquirir”, por exemplo.
[3] o correto é “que dirá”, mas essa expressão é mais usada na linguagem coloquial. Poderia substituir por “tampouco”;
[4] cuidado com generalizações; não está errada a frase, mas ficaria melhor se dissesse “muitas mulheres”, por exemplo;
No geral esse parágrafo também está muito bom, você desenvolveu muito bem a primeira parte da sua tese e inseriu um repertório produtivo. Argumentação muito bacana!
Ademais, a negligência estatal também se configura como um complicador do revés. De acordo com Rousseau, filósofo contratualista, cabe ao governo fornecer aos indivíduos condições dignas de sobrevivência. Isso, no entanto, não ocorre na prática, uma vez que a não preocupação do Estado em ofertar, gratuitamente, absorventes para as mulheres, sobretudo estudantes [1] que precisam passar sua maior parte do dia estudando, rompe com o contrato social proposto por esse pensador. Assim, torna-se inaceitável que o Poder Público, através do Sistema Único de Saúde (SUS), continue inerte quanto à pobreza menstrual, distribuindo preservativos gratuitamente aos indivíduos, mas ignorando esse caso específico das mulheres em que não há possibilidade de escolha.
*Novamente, cumpriu com o que propôs na tese, argumentação muito boa. Inseriu também um repertório pertinente à discussão desenvolvida.
[1] Creio que seja necessária uma vírgula nesse local. Dê uma olhada em orações adjetivas explicativas e restritivas que você entenderá o que estou falando :)
Portanto, medidas urgentes precisam ser tomadas para que os desafios no combate à pobreza menstrual no Brasil sejam superados. Para tanto, o Governo Federal – responsável por manter a ordem e o bem-estar coletivo -, em parceria com o SUS, deve distribuir absorventes gratuitamente àquelas mulheres de baixa renda que não têm condições de adquirir tais itens. Isso deve ocorrer por meio de um mapeamento detalhado das regiões mais pobres socioeconomicamente, com o objetivo de erradicar a pobreza menstrual no país e, consequentemente, fornecer condições dignas de subsistência a esses indivíduos que necessitam dessa ajuda. Feito isso, gradativamente, o povo brasileiro terá seu bem-estar garantido, assim como prevê, inclusive, a Constituição Federal de 1988.
*Muito boa sua proposta de intervenção, foi bem detalhada e com todos os itens necessários.
Gostei que fez referência à Constituição, poderia ter citado ela já em alguma parte do seu texto anteriormente também.
C1- 160
C2- 200
C3- 160
C4- 200
C5- 200
Nota: 920