Desafios do combate à exploração sexual infantil no território brasileiro

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A Organização das Nações Unidas, por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, prevê a erradicação de todas as formas de violência contra todas as mulheres, incluindo o tráfico e o abuso sexual. Entretanto, o cenário nacional caminha em contraste à agenda da ONU, visto que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de exploração sexual de crianças e adolescentes, sendo a maioria das vítimas meninas menores de idade. Por certo, a falta de ética no capitalismo e a desigualdade social são dois fatores agravantes desse quadro.

 

Diante desse cenário, cabe analisar a relação entre o modelo econômico e o desafio referido. Para o filósofo Karl Marx, o capitalismo é um sistema socioeconômico que não abarca, em suas relações, os valores éticos e morais, o qual tem por objetivo, somente, a obtenção do lucro. Nessa perspectiva do autor, nota-se que essa mentalidade ainda rege as relações atuais, incluindo as do Brasil. Desse modo, em um contexto em que a exploração sexual infantil é extremamente lucrativa, tal atividade continua sendo praticada em larga escala, apesar de ser ilegal. Portanto, é visível que a falta de ética no capitalismo é um entrave na questão sofrida por meninas e meninos no país.

 

Ademais, é relevante considerar a ampliação das disparidades sociais como consequência direta dessa problemática. De acordo com o escritor brasileiro Ariano Suassuna, o Brasil é uma nação dividida em dois fragmentos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos, sendo a estrutura nacional criada para suprir apenas as necessidades dos primeiros. A partir disso, em lares em que a renda dos pais não é suficiente para suprir as necessidades básicas das crianças, essas se tornam sujeitas ao turismo e à exploração sexual, pois precisam do dinheiro para complementar a renda familiar. Tal situação as condena a permanecer na miséria por impossibilitar seu acesso a meios de mudanças de vida, visto que as vítimas, em sua maioria, precisam abandonar os estudos e são suscetíveis ao vício em drogas. Logo, é notório que o panorama reforça o pensamento de Suassuna, intensificando marginalização de crianças mais pobres e a separação dos privilegiados e dos despossuídos.

 

É urgente, portanto, proteger a juventude brasileira. Dessa maneira, é imperativo que o Governo Federal atue na criação de subsídios direcionados a lares mais pobres. Isso deve ocorrer por meio de alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias – redirecionando verbas de forma igualitária para famílias vulneráveis em todo o país -, a fim de reduzir as disparidades sociais e, consequentemente, impedir que os jovens se tornem alvos fáceis nas mãos de pessoas desonestas que exploram menores para obter dinheiro.

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4 Correções

  1. Ótima redação
    Tema abordado de forma clara e sucinta, além de estar bem estruturada .Ótimo argumento, trás uma solução que bate com o tema. Apesar do repertório da OMS ser bem batido, você conseguiu usá-lo a seu favor. Ótimas referências, fez bem em usar nomes como Karl Marx e Ariano Suassuna

    Nota: 890

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  2. Competência 1: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita
    Nota: 180-200 pontos
    A redação está bem escrita, com bom uso da norma padrão. Contudo, é importante revisar alguns trechos para melhorar a fluência e evitar repetições. Por exemplo, o uso de “e” em excesso pode ser substituído por vírgulas em alguns casos.
    2. Competência 2: Compreensão da proposta de redação e aplicação de conceitos da área de conhecimento
    Nota: 200 pontos
    O tema da exploração sexual infantil é abordado de maneira clara, e a relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU é bem estabelecida. A introdução contextualiza o problema de forma adequada.
    3. Competência 3: Selecionar, organizar, relacionar e interpretar informações
    Nota: 180-200 pontos
    A organização dos parágrafos é clara e lógica, com boa transição entre as ideias. A referência a Karl Marx e Ariano Suassuna enriquece a argumentação, mas uma conexão mais explícita entre esses autores e a problemática poderia fortalecer ainda mais o texto.
    4. Competência 4: Argumentar de forma lógica e consistente
    Nota: 180-200 pontos
    Os argumentos apresentados são sólidos e consistentes. No entanto, a inclusão de dados estatísticos sobre a exploração sexual infantil no Brasil poderia tornar a argumentação ainda mais persuasiva.
    5. Competência 5: Propor soluções para o problema abordado
    Nota: 180-200 pontos
    As propostas de intervenção são pertinentes e bem formuladas, sugerindo a criação de subsídios e a alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Poderia ser útil detalhar como a implementação dessas medidas poderia ser feita na prática.
    Estimativa Final
    A média de pontos pode ficar entre 900 e 1000.

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  3. Sua redação aborda um tema grave e relevante, a exploração sexual infantil no Brasil, relacionando-o com o modelo econômico e desigualdade social. Aqui estão pontos fortes e sugestões de melhoria:

    Pontos fortes:

    1. Introdução contextualizada: Você apresenta o problema e sua relevância global e nacional.
    2. Uso de referências teóricas: Incorpora conceitos de Karl Marx e Ariano Suassuna para embasar sua análise.
    3. Análise crítica: Relaciona o capitalismo e desigualdade social com a exploração sexual infantil.
    4. Propostas concretas: Sugere ações governamentais para reduzir disparidades sociais.

    Sugestões de melhoria:

    1. Estrutura mais organizada: Divida a redação em tópicos claros para melhorar a fluidez.
    2. Uso de linguagem mais objetiva: Evite expressões emotivas e foco em argumentos lógicos.
    3. Exemplos concretos: Forneça dados ou estatísticas para ilustrar a gravidade do problema.
    4. Conclusão mais impactante: Reforce a urgência da ação governamental e social.

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  4. Competência 1: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita
    Nota: 180-200 pontos
    A redação está bem escrita, com bom uso da norma padrão. Contudo, é importante revisar alguns trechos para melhorar a fluência e evitar repetições. Por exemplo, o uso de “e” em excesso pode ser substituído por vírgulas em alguns casos.
    2. Competência 2: Compreensão da proposta de redação e aplicação de conceitos da área de conhecimento
    Nota: 200 pontos
    O tema da exploração sexual infantil é abordado de maneira clara, e a relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU é bem estabelecida. A introdução contextualiza o problema de forma adequada.
    3. Competência 3: Selecionar, organizar, relacionar e interpretar informações
    Nota: 180-200 pontos
    A organização dos parágrafos é clara e lógica, com boa transição entre as ideias. A referência a Karl Marx e Ariano Suassuna enriquece a argumentação, mas uma conexão mais explícita entre esses autores e a problemática poderia fortalecer ainda mais o texto.
    4. Competência 4: Argumentar de forma lógica e consistente
    Nota: 180-200 pontos
    Os argumentos apresentados são sólidos e consistentes. No entanto, a inclusão de dados estatísticos sobre a exploração sexual infantil no Brasil poderia tornar a argumentação ainda mais persuasiva.
    5. Competência 5: Propor soluções para o problema abordado
    Nota: 180-200 pontos
    As propostas de intervenção são pertinentes e bem formuladas, sugerindo a criação de subsídios e a alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Poderia ser útil detalhar como a implementação dessas medidas poderia ser feita na prática.
    Estimativa Final
    A média de pontos pode ficar entre 900 e 1000.

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