Desafios atuais do empreendedorismo como fator de mobilidade social

Ex-samurai e escritor do aclamado por empreendedores “O Livro dos Cinco Anéis”, Miyamoto Musashi, escreveu: “É difícil entender o universo se você estuda apenas um planeta”, elucidando-nos, assim, dos desafios atuais da mobilidade social promovida pelo empreendedorismo que, muitas vezes, não são óbvios em meio à crise do coronavírus.

Primeiramente, a pandemia do novo coronavírus acarretou desastrosas quedas nos maiores setores de atuação de pequenas e micros empresas, sendo estas responsáveis por 54% dos empregos formais no país. Não obstante, medidas para conter o avanço do vírus incluem o fechamento ou restrição do horário de funcionamento destes estabelecimentos, do contrário estariam passíveis de multas, o que, de acordo com Platão em sua célebre frase: “Uma vida não questionada não merece ser vivida”, confronta-nos sobre o real papel, em meio a crise, do Estado para com os responsáveis por 27% do PIB brasileiro.

Sendo assim, métodos novos de negócio surgem, uberização e a informalidade das relações trabalhistas expandem-se, dando espaço a novos empreendedores no anseio de ascensão social. No entanto, acessibilidades como o MEI, fornecimento de créditos e auxílios esporádicos contribuem para aliviar as dificuldades sofridas por empreendedores.

Concluindo, para que a contribuição explícita destes empreendedores beneficiem o país, urge que o Governo Federal e demais Governos Estaduais realizem a devida proteção dos cidadãos na contenção do avanço do coronavírus, como também da redução dos prejuízos ocasionados aos empreendedores através de medidas contundentes visando o cuidado com a inflação, saúde e segurança pública. Somente assim, evitará a necessidade dos empreendedores de realizar malabarismos e técnicas de ocultação de suas atividades irregulares como verdadeiros ninjas ou samurais, para suprir suas necessidades diárias.